1. A CDU tinha 32 câmaras, agora tem 28;
2. Tinha duas capitais de distrito, agora tem uma;
3. No distrito de Beja tinhamos 34 mandatos, agora temos 33, e esta parte até nem é a pior, porque perdemos Beja e Aljustrel e apenas recuperámos Alvito;
4. "Andorinhas" como Moura ou Santiago do Cacém não fazem a Primavera;
5. A nível nacional passámos dos 203 mandatos para 174;
6. Nas assembleias municipais recuámos de 722 para 651 deputados;
7. Nas assembleias de freguesia passámos de 2555 para 2266 e de 244 presidências para 213;
8. Perdemos cerca de 50.000 votos.
.
Quinze dias depois das eleições ainda não ouvi dizer nada disto. E era isto que se impunha dizer. Independentemente de hoje contar mais a política carnavalesca que a que está junto das populações (um facto); independentemente de todas, mas mesmo todas, as acções promovidas pela CDU e pelo PCP seram desvalorizadas ou mesmo ignoradas (outro facto); independentemente da prática do vale-tudo por parte do Governo para promover candidatos (outro facto ainda), urgem uma reflexão e uma tomada de iniciativa que nos conduzam ao lugar que devemos ocupar. E que é aquele que merecemos ocupar.
Plenamente de acordo.
ResponderEliminarFalta o fortalecimento das bases...
ResponderEliminarCaro Santiago foi bastante objectivo e claro. Disse frontalmente que o PCP perdeu mandatos, Câmaras e eleitorado e isso é mau no PCP e é meio caminho andado para o Santiago ser posto de lado.Abraço
ResponderEliminarTens de assinar o Avante!, lá vieram publicados esses resultados todos com comparativos em relação a 2005, além da análise dos resultados feita pelo comité central que, no geral, os considerou insatisfatórios como, alías, o Jerónimo já tinha afirmado na comunicação social. No entanto, a análise tem de ser cuidada, porque existem especificidades locais. O caso de Sines não é comparável ao Beja, nem o de Beja ao de Aljustrel. De positivo, destaque-se o reforço em quase todos os concelhos do Distrito de Setúbal e continuarmos a ser a maior força política da grande área metropolitana de Lisboa.
ResponderEliminarTambém me espanta esse reconhecimento fora do tom sempre vitorioso da velha "K7".
ResponderEliminarTalvez em condições sempre adversas - uma vez que os meios de comunicação social e não só se encarregam de difundir os anti-comunismos mais básicos e primários - também tenhamos algumas culpas no cartório relativamente a estes resultados.
ResponderEliminarEm primeiro lugar, penso que será urgente, antes de mais, definir politicas locais prioritárias, que por um lado sejam estruturantes de um desenvolvimento sustentável e harmónico dos Concelhos e, por outro, que essas políticas nos possam distingúir de forma inequívoca de outros projectos partidários.
Em segundo lugar, penso ser completamente contra-producente, a questão do voto útil "na esquerda (?) socialista", como se verificou, por exemplo, em Lisboa. Penso que está na hora de assumirmos que o PS não é um partido de esquerda com politicas de direita. O PS é, efectivamente, um partido de direita que ousou ir muito mais longe que o próprio PSD em determinadas matérias. É pena que continue a enganar tanta gente que se diz "de esquerda".
Por último, há politicas e estratégias que funcionam muito melhor junto do eleitorado que apregoar-se valores e princípios, por muito nobres que estes sejam. Há quem prefira receber uns "trocos" no imediato que esperar por projectos a médio ou longo prazo que possam beneficiar toda a comunidade. Por outro lado, os partidos do poder sabem minar, como ninguém, os pontos-chave da máquina do Estado e fazer jogar isso a seu favor.
Se me perguntarem se gostei dos resultados. Não. Mas prefiro um Partido pequeno e íntegro, com os defeitos que, óbviamente, possa ter, a um Partido sem os valores que sempre o caracterizaram.
Infelizmente, também acredito que à medida que os valores sociais tenham tendência a degradar-se, também o PCP terá maior dificuldade em afirmar as suas propostas.
B.B.
O PCP vai ter que se abrir. Não vale a pena ataques a este ou aquele. O Santiago como outro qualquer do partido está integrado num grupo de trabalho onde as normas são rigidas. Ele também sabe viver e pensar de outra maneira. Espero que com as derrotas amteriormente indicadas à Câmara de Moura não vão chegar mais directores e outros que tal. A pirâmide está muito invertida!!!
ResponderEliminarE depois há estes chavões que ninguém concretiza: "k7", "o PCP vai ter que se abrir... Falem de forma clara e sem recorrer a frases feitas. Talvez, assim, se chegue a alguma conclusão (ou não). É que ainda não consegui perceber se ser K7 é bom ou mau. Suponho que quem recorra a esse argumento, o ideal seria dizer uma coisa diferente todos os dias - género, hoje prometo uma coisa mas amanhã faço outra; ou hoje finjo ser isto, mas amanhã já posso ser outra coisa completamente diferente.
ResponderEliminarTambém as "aberturas" quando não concretizadas são um poço sem fundo.
B.B.
Posso perguntar porque não foi contabilizado o voto do ex-comunista miguel portas(fica sempre bem escrever ex-comunista, porque dá estatuto e lugares em governos ps)? Não me digam que não estava no parlamento! Teria ido fumar lá para fora? Quanto às posições do bloco é sabido que iam dar nisto.Se não tivemos engenho nem arte de os enquadrar quando podíamos marcar a agenda (por exemplo quando o ex- secretário de Kaulza foi deputado pela CDU ou termos mais visão e flexibilidade no caso da freguesia de D.Maria em Sintra ou mais tarde noutras situações…). se não quisemos ou não pudemos dar o abraço do urso na devida altura agora temos que assistir ao regabofe dos ex-PCP, carp-ml, ur-ml, fec-ml, lci + não sei de quantos.Quanto à união das esquerdas! o bloco pela sua génese e práticas correntes e diárias não são de esquerda nem de direita porque lhes falta definirem-se ideologicamente. Os assuntos fraturantes não passam de espuma. A base ideológica falta-lhes pois já não defendem o m-l que foi a base teórica dos grupelhos que o constituem + a lci aparentemente ligada à 4ª Internacional.Vamos esperar para ver o que isto dá para já dá muito pouco e mau muito mau mesmo é ver como se critica das bandas do bloco uma jovem que tem a coragem de ser funcionária de um partido como o PCP ( é muito duro sê-lo). Gulags? criticar alguémpor desconhecer os campos de trabalho/morte criados pelos czars e por onde passou dez anos aproximadamente Tolstoi por exemplo e muitos milhares de russos COMUNISTAS é baixo e de pouca seriedade intelectual. O bloco é isto! É pouco ou quase nada!Não é novidade infelizmente.
ResponderEliminarOlha encontei um debate de esquerdistas ahahahah. No PCP proponho: directas já. Será uma nobre forma de abertura e de os militantes não terem que levar com o secretário indicado pelos funcionários do Partido, também ele funcionário.
ResponderEliminarHaja pachorra para estes disparates... Fico sempre cheio de sentimentos ternos quando nos aconselham a dirigir a nossa casa...
ResponderEliminarAs ideias dos outros, se contrárias ás nossas, são sempre disparates, não é verdade Caro Santiago? O PSD tem directas, o PCP também podia ter.
ResponderEliminarMas porque raio de mania haver directas em tudo?
ResponderEliminarCada partido terá as suas regras e orientações, não são necessários referendos constantes.
Se obrigassem alguém a seguir as regras impostas, entendia.
Só vota no PCP (ou PS, PSD, CDS BE e outros) quem quer, porque se identifica com as ideias e com a forma como elas são discutidas e apresentadas.
Para que fique claro, não sou militante ou simpatizante do PCP.
Maria Gustava dos Prazeres Imorais:
ResponderEliminarNão és militante nem simpatizante do PCP. Eu sei Carlos. Mas já foste. Miguel Bento
Haja pachorra para estes disparates... è verdade Santiago. O P.C.P ainda existir é necessário pachorra
ResponderEliminarCaro Santiago, plenamente de acordo. As expectativas para um novo olhar interno no PCP a curto prazo são reduzidas, mas isso não invalida que se procure que tal aconteça, bem pelo contrário. De forma séria e compreendendo todas as vicissitudes da actual situação política. Porque tal é fundamental. O PCP é imprescindível no Poder Local. Se souber discutir, analisar e tomar decisões compatíveis com as suas responsabilidades. Em todos os momentos, principalmente nos difíceis.
ResponderEliminarSantiago
ResponderEliminarApós anos de descidas e derrotas, o PCP teve a coragem envergonhada de considerar que nestas eleições teve uns resultados "insatisfatórios". No entanto, falta a coragem ao CC e ao PCP em geral, para promover uma discussão séria sobre as razões dos desaires eleitorais. Não conheço todas as situações, mas exemplos como o de Sines são paradigmáticos. Um oportunista com o apoio da estrutura do partido, tentou tirar o tapete ao Manuel Coelho, obrigando este velho camarada a sair do partido e concorrer como independente. É triste, mas o PCP tem perdido muitas câmaras por trabalho menos bom e por estas intrigas políticas. A explicação é sempre da conjuntura e de fenómenos externos. Se praticassem a autocrítica que em tempos se apregoava e a honestidade que já foi slogan, a história seria diferente, como é diferente em alguns concelhos.
Já fui militante comunista e deixei de o ser, por razões da democracia interna, que não são para aqui chamadas, mas que também explicam muita coisa.
Saudações
Adelino Chapa
@ Miguel Bento
ResponderEliminarNão sabe quem eu sou, nem tão pouco me conhece.
Lá por estar inscrita no Blog do Carlos não me chamo Carlos.
Caros Miguel e Maria Gustava:
ResponderEliminarSó me consigo lembrar daquela canção (não me recordo do título nem de quem a cantava):
eu não sou quem tu procuras / tu não és quem eu desejo / para quê tanta loucura / se tudo acaba num beijo
Peço desculpa pela intromissão.
Está desculpado.
ResponderEliminarPara esclarecimento:
- Não me chamo Maria Gustava dos Prazeres e Morais (obviamente),
- Não faço parte daquela famosa lista de contribuintes do CDS,
- Não vivo no Alentejo.
Quanto à parte do beijo...não me prenuncio.
Já agora, a canção a que me referi é o CAMINHO ERRADO, de João Nobre. Foi interpretada, entre outros, por Luís Piçarra:
ResponderEliminarhttp://www.youtube.com/watch?v=nUi1frwJSDI