A peça já não está em cena, mas não é essa a questão que agora interessa. A Cornucópia apresentou no S. Luís a peça A cidade, uma colagem de textos de Aristófanes, um autor que viveu há 2500 anos. A cidade é alfacinha, porque há contornos claramente lisboetas na adaptação. A cidade é também portuguesa (e universal), porque as preocupações com o governo da polis não mudaram e porque há temas que permanecem espantosamente actuais. Sobretudo, porque a utopia da cidade perfeita nos persegue. 2500 anos e nem uma só ruga. Uma peça de Aristófanes entra agora na bicha das leituras: Assembleia de Mulheres, na qual elas tomam o poder.
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A Cornucópia rejuvenesceu-se, integrando no elenco jovens estrelas do universo televisivo. O resultado é positivo, embora o tom revisteiro (quase tenho vergonha em confessar que sempre abominei o género) seja exagerado.
Fui ver esta peça enquanto estava em cena. Confesso que levava mais expectativa para o tema e para o enorme elenco de actores, que embora sendo conhecidos da televisão, quis vê-los como actores de TEATRO!
ResponderEliminarGostei da peça, de alguns actores como Dinarte Branco e Gonçalo Waddington, nao gostei do exibicionismo dos atributos fisicos do Nuno Lopes (é bom actor mas não é um gajo bom")... e por último, estava à espera de rir, de me rir muito...
Fico é com muita pena do Blackbird, com o Miguel Guilherme estar já esgotado até ao ultimo dia de cena. :(
TERPSICORE