O díptico O Padrinho I e O Padrinho II é considerado pelo painel da Sight and Sound o quarto melhor filme de sempre (num dois em um). Como terei oportunidade de explicar, não seria essa a minha escolha, no seio da obra de Francis Ford Coppola. Em todo o caso são filmes excepcionais e esta brilhantíssima, e perversa, cena é uma das mais importantes do cinema do século XX. Ao som de orações em latim e da música de Bach, Michael Corleone renuncia a Satanás enquanto, sob ordens suas, o rivais da família são liquidados. Podia ter escolhido outras cenas de qualquer destes filmes. Nenhuma outra, contudo, tem o impacto e o tom operático de um baptismo marcado pelo sangue.
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