Fotografia: Maria José Fialho Silva
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Gritei muitas vezes CGTP - UNIDADE SINDICAL. Julgo que isso me é "permitido", mesmo sendo filiado num sindicato da UGT, o STE, que funciona muito bem. Se não é "permitido", paciência. Grito o que quero e como quero.
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Tenho grande respeito pela enorme capacidade de mobilização da CGTP. E pelo trabalho da CGTP. E pela ação política de Carvalho da Silva, tirando aquela parte do apoio a António Costa em 2009. E achei verdadeiramente fantástica a manifestação de ontem. O semanário Expresso, insuspeito de apoiar o bolchevismo internacional, escrevia, ainda que pudica e discretamente, "Por volta das 17h quando a Praça dos Restauradores, onde termina o desfile, já estava cheia, ainda havia trabalhadores a desfilar na Avenida Fontes Pereira de Melo." É mesmo verdade, posso garantir. Esperei na Joaquim António de Aguiar mais de uma hora até chegar o meu grupo.
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A mobilização de ontem não teve, nem por sombras, o destaque mediático do desfile de dia 12. Entre outros motivos porque foi uma iniciativa assim menos gira e menos prafrentex que a anterior, ungida pelo patriciado urbano bem pensante.
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Antes da manif fui beber uma cerveja com o meu amigo José. Fitou-me com um ar impassível e insondável quando lhe confessei que não me parece sustentável que continuemos a exigir a idade da reforma aos 60 ou aos 62. Mais ainda, gosto tanto do que faço que espero poder continuar até ter forças. E lucidez. Confessei-lhe também uma preocupação funda pelo caminho que vejo o País levar. E não vejo protagonistas à altura dos desafios e capazes de galvanizar as pessoas. E precisamos de otimismo. Sobretudo para enfrentar o FMI, que deve estar aí mesmo a chegar. O Estado, no poder central, está falido. As autarquias para lá caminham, velozmente. O José deve ter pensado que ando com desvios de direita...
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Tenho grande respeito pela enorme capacidade de mobilização da CGTP. E pelo trabalho da CGTP. E pela ação política de Carvalho da Silva, tirando aquela parte do apoio a António Costa em 2009. E achei verdadeiramente fantástica a manifestação de ontem. O semanário Expresso, insuspeito de apoiar o bolchevismo internacional, escrevia, ainda que pudica e discretamente, "Por volta das 17h quando a Praça dos Restauradores, onde termina o desfile, já estava cheia, ainda havia trabalhadores a desfilar na Avenida Fontes Pereira de Melo." É mesmo verdade, posso garantir. Esperei na Joaquim António de Aguiar mais de uma hora até chegar o meu grupo.
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A mobilização de ontem não teve, nem por sombras, o destaque mediático do desfile de dia 12. Entre outros motivos porque foi uma iniciativa assim menos gira e menos prafrentex que a anterior, ungida pelo patriciado urbano bem pensante.
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Antes da manif fui beber uma cerveja com o meu amigo José. Fitou-me com um ar impassível e insondável quando lhe confessei que não me parece sustentável que continuemos a exigir a idade da reforma aos 60 ou aos 62. Mais ainda, gosto tanto do que faço que espero poder continuar até ter forças. E lucidez. Confessei-lhe também uma preocupação funda pelo caminho que vejo o País levar. E não vejo protagonistas à altura dos desafios e capazes de galvanizar as pessoas. E precisamos de otimismo. Sobretudo para enfrentar o FMI, que deve estar aí mesmo a chegar. O Estado, no poder central, está falido. As autarquias para lá caminham, velozmente. O José deve ter pensado que ando com desvios de direita...
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Fotografia: a imagem, muito expressiva, foi tomada de empréstimo a Lopes Guerreiro, no seu Alvitrando.
Um novo blogue para divulgar a Freguesia, o Concelho e a Região : http://santa-vitoria.blogspot.com/
ResponderEliminarPois, caro Santiago, estas últimas ilacções também já as tirei há algum tempo atrás: o Estado falido, a Segurança Social sem condições de aguentar a população cada vez mais envelhecida, etc, etc.
ResponderEliminarDesvios de direita? Não! Realista. Como realista sou ao afirmar que quando o PS sair do Governo será o PSD a voltar ao poleiro e não outro partido qualquer... E, desconfio, o PSD não trará melhores governantes do que os actuais!!!
Conheço algumas pessoas que embora já reformados continuam a trabalhar (em funções idênticas ao que faziam antes de se aposentarem). Estão "chateados" porque o Estado agora os quer obrigar a optar pela pensão ou pelo ordenado (mas poderão continuar a trabalhar). Ah! E também estão chateados que os filhos e os netos não tenham oportunidades de trabalho/emprego e que o Governo deveria arranjar uma solução para isso, etc, etc. Não conseguem ver ou não querem ver que eles próprios estão a roubar o trabalho aos seus filhos e netos.
Estou a falar de uma geração que viveu a ditadura e o 25 de Abril, que lutou por mais e melhores condições de trabalho... e que agora é parte essencial para acabar com essas mesmas condições de trabalho que ajudou a criar! Pessoas essas que não têm pejo nenhum em juntarem a sua voz ao descontentamento da população para reclamarem mais emprego e menos precariedade no trabalho!
Claro, isto sou eu a divagar...
Ao anónimo das 03.10: oh homem/oh mulher o trabalho não é uma coisa finita; ninguém está a roubar um jovem quando está a fazer qualquer trabalho, sobretudo se o faz bem e com gosto; cada trabalho que se faz bem potencia a criação de mais trabalho. O que é preciso é que se faça mais trabalho e não só o que parece que está ali, naquele emprego...É que você é mais um dos que confundem trabalho com emprego.
ResponderEliminarPense nisso e não se irrite com quem vê as coisas desta maneira...
Caro Anónimo das 17H35, é isso mesmo que eu queria demonstrar. As suas palavras, as suas ideias confirmam o que eu disse!
ResponderEliminarTal como afirmou, se alguém faz o trabalho bem feito, com gosto porque não continuar!? Mas sem ir para a reforma, mantendo-se no activo como é seu desejo. Porque é incoerente uma pessoa reformar-se por idade ou por invalidez, receber uma pensão por isso e depois ir trabalhar novamente porque está muito capaz.
Claro, estamos a falar de empregos, porque trabalho é bom para o galego!
Muito fotogénico ... o semafro claro:)
ResponderEliminarFora de brincadeiras, concordo consigo no que respeita à idade de reforma, somos um país de acomodados e perdem-se excelentes profissionais à custa das imposições do sistema.