Y es que a mí me preocupa mucho el silencio y la
astronomía
y la velocidad de un caballo parado
y la inmovilidad de los trenes expresos que predicen
la futura muerte de los tranvías
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A poesia tem aqui lugar cativo. Talvez fosse mais honesto transcrever todo o poema de Rafael Alberti, de conteúdo bastante experimentalista e com um título a la manière de Erik Satie. Mas o que me chama mesmo a atenção é esta passagem e a imagem da velocidade do cavalo parado. A poesia de Alberti é a mesma e tão poderosa quanto a da estátua do veloz cavalo parado sobre o qual Marco Aurélio mandou no mundo.
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A estátua que vemos na Piazza del Campidoglio é uma réplica. A original está nos Musei Capitolini. Numa sala com uma arquitetura tão desgraçada que não se consegue fazer uma fotografia decente (a que se mostra foi trabalhada por Adrian Murphy). Uma arquitetura anti-poética, em suma...
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Site dos museus: http://www.museicapitolini.org/
Ainda bem que a poesia tem aqui lugar cativo. O poema ficava melhor completo – assim parece in media res – mas já cumpriu algumas coisas. A velocidade dos cavalos parados recordou-me outros cavalos: iguais aos de Alberti, mas em fundo verde: “El barco sobre la mar y el caballo en la montaña”. Há um par de dias que não convivia com Romance Sonâmbulo, nem com o perturbador Llanto por Ignacio Sánchez Mejías. Foi, mais uma vez, uma interessante viagem. Gracias, Santiago.
ResponderEliminarJCL