quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

E QUE TAL UM POUCO DE HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA?

Tive há pouco uma "ideia triste". No meio de uma pesquisa sobre curricula universitários assaltou-me a dúvida: o que é que os nossos economistas e os nossos gestores aprendem de História? Não me refiro, bem entendido, à época romana ou ao período islâmico. Nem sequer, e podiamos começar por aí, ao Tratado de Methuen. Mas à história dos séculos XIX e XX, base fundamental para percebermos o País que somos e como nos formámos, em tempos recentes.

O panorama é triste. Em duas das mais conhecidas escolas, uma tem uma História Económica de Portugal (semestral), a outra uma História Económica (igualmente semestral). Chega? Não chega. O conhecimento do País que somos não se faz apenas com fórmulas e com teorias sobre Finanças Públicas.  Um enquadramento histórico e cultural dos grandes temas do País ajudaria um pouco e evitaria filmes de reprise. Há um cronista, que tem um estilo pouco ortodoxo (para ser suave), chamado Vasco Pulido Valente, que tem dado nos seus textos explicações concisas e cirúrgicas sobre a nossa história recente. Que é, em geral, ignorada por muitos adoradores de gráficos.

Se me permitem a opinião, um pouco de História Contemporânea não faria mal a quem tem de decidir sobre os nossos futuros, o próximo e o mais afastado.
Greve das varinas, no início do século XX (fotografia: Joshua Benoliel)

2 comentários:

  1. As crianças não gostam muito de ler. Quando chegam as universidades, o mau hábito persiste. Agora com aprovação. História, Filosofia? Pra que?
    (Sou graduada em Pedagogia e faço o 2º ano de Filosofia.)

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  2. Pois, mas quem lê faz a diferença. Noto isso muito bem nos meus alunos.

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