Quando iniciei funções como vereador, na Câmara de Moura, no outono de 2005, fiz um pedido que causou estranheza e que, tenho disso a certeza, provocou comentários. Os ofícios referentes ao mailing da Divisão de Apoio ao Desenvolvimento e Assuntos Comunitários, entidade responsável pelas feiras, passavam a ser assinados individualmente e não com chancela. Rubricar 600 ou 700 cartas não é exatamente sinónimo de "diversão" mas tinha, com isso, um objetivo concreto. O de ajudar a corrigir as listas de correio que contêm, sempre, falhas e que estão, num mundo marcado pela velocidade, tendencialmente desatualizadas. Por mais que nos esforcemos. Dera-me disse conta à escala, bem mais pequena, do Campo Arqueológico de Mértola. Numa Câmara Municipal a situação devia ser mais difícil. Quais eram/são as falhas mais comuns?
O envio de convites para entidades extintas;
O envio de notas de imprensa para orgãos de comunicação encerrados;
O envio de convites para pessoas falecidas (a anos-luz, claro está, daquele extraordinário autarca de Lisboa que enviou, em 2003, um cartão de agradecimento dirigido a "Exmo. Sr. Machado de Assis, aos cuidados das Publicações Dom Quixote"...);
O envio de convites em duplicado.
A mais divertida de todas?
Sem dúvida a carta, metida no meio das tais 700, pronta para assinar e endereçada a
Presidente da Direcção da
Câmara Municipal de Moura
Muitas falhas foram sendo corrigidas, com a colaboração afincada dos colegas da DADAC. Outras vão sendo detetadas e eliminadas. Na próxima Feira de Maio espera-nos nova ronda... O perpetuum mobile aplicado a listas de correio.
Foi, por isso que, com alguma surpresa, em conversa com o responsável por um instituição portuguesa no estrangeiro o ouvi contar-me que praticamente acabara com o envio de convites impressos. Para cortar nas despesas de correio, para evitar listas anacrónicas e porque hoje o mail permite chegar a novos públicos. Confesso que me senti mais reconfortado. E me deixou a pensar em novas hipóteses de trabalho.
sempre na vanguarda, até na ortografia. "mai nada, déxós que tussam"
ResponderEliminarÉ, com certeza, muito mais prático.
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