sexta-feira, 9 de novembro de 2012

A AUSTERIDADE E A GASOLINA MALIANA

Os gregos vão passar a poder consumir produtos fora de prazo. Por causa da crise e da austeridade. Os portugueses vão deixar de comer bifes todos os dias, diz a Dra. Isabel Jonet, o que causou gritos de fúria nas redes sociais e levou, decerto, muitos dietistas ao desespero.

É a vida em versão low-cost. Estes dados do nosso quotidiano levam-me a uma recordação precisa de Bamako. A cidade vive envolta no fumo dos escapes. Nada me causou recordações mais vivas que aquela permanente nuvem de fumo e o gosto acre do combustível que se metia nas roupas e deixava a garganta a arder.

Quando comentei o facto com um colega maliano tive uma explicação, surpreendente e plausível, "sabe, a gasolina que é vendida no Mali é um produto de inferior qualidade, que não passaria nos testes nos países europeus; é mais barata, mas isso tem estes custos...". Isso e os carburadores asmáticos davam uma poluição como nunca tinha visto. Nem voltei a ver.

Bamako fica a cinco horas de voo. A pé é mais perto ainda.

1 comentário:

  1. Uma bocadito tarde, mas acho que fica bem aqui esta historia:

    Hoje fui a um restaurante gourmet!! Estava curioso sobre as novidades que me poderiam oferecer. Acabei por pedir uma pequena entrada: camarão envolvido em molho bechamel, com pequenos apontamentos de salsa frisada australiana, em cama de massa fina banhada em pão ralado crocante e confitada em óleo vegetal. Bem, basicamente comi um rissol de camarão!!

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