No jornal Público:
Esta ligação [de Franquelim Alves] ao BPN levou o PCP a afirmar que esperava que Cavaco
recusasse empossar o novo secretário de Estado. A justificação?
Franquelim Alves omitiu a sua passagem pelo grupo SLN/BPN e as
imparidades no Banco Insular - no currículo oficial divulgado pelo
Governo não consta qualquer referência a essas funções. O deputado
comunista Honório Novo lembrou que Franquelim Alves foi administrador do
grupo sob as lideranças de Oliveira e Costa e Abdul Vakil. "Durante a
primeira comissão parlamentar de inquérito sobre o BPN, ficou patente
que Franquelim Alves conhecia no princípio de 2008 tudo o que dizia
respeito ao Banco Insular", até "um volume significativo de imparidades e
de actos irregulares de gestão no grupo BPN/SLN", justificou Honório
Novo citado pela Lusa. "Por isso, o PCP considera que uma pessoa desta
natureza e com este currículo - que Franquelim Alves omite na sua folha
oficial de apresentação do seu passado - dificilmente poderá ser
indigitado como secretário de Estado de um Governo do nosso país",
argumentou.
Fontes governamentais insistem que não senhor, que não há nada a dizer. Esta cena da nomeação de Franquelim Alves faz lembrar aquela tirada do velho militar corrupto do Astérix na Córsega. Que ao ser interpelado por um subalterno, que detetou uma situação estranha, responde: "Aquilo tudo, o quê? Chega um barco, três tipos saltam do barco, que fica deserto e explode. Outros tipos chegam a nado. Tudo isto é banal. Nem sequer há com que fazer um relatório".
Sem comentários:
Enviar um comentário