sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

O BRILHO DAS CIDADES

A exposição encerrou há dias, e só a visitei no penúltimo dia. Não é, por isso, por maldade que aqui a recordo ou para fazer pirraça. É que a beleza do percurso pelo brilho das cidades ficará, durante muitos anos, na minha memória.

Festejem-se o azul, o azulejo e o brilho da luz.


O Meu Olhar Azul como o CéuO meu olhar azul como o céu 
É calmo como a água ao sol. 
É assim, azul e calmo, 
Porque não interroga nem se espanta ... 
Se eu interrogasse e me espantasse 
Não nasciam flores novas nos prados 
Nem mudaria qualquer cousa no sol de modo a ele ficar mais belo... 
(Mesmo se nascessem flores novas no prado 
E se o sol mudasse para mais belo, 
Eu sentiria menos flores no prado 
E achava mais feio o sol ... 
Porque tudo é como é e assim é que é, 
E eu aceito, e nem agradeço, 
Para não parecer que penso nisso...) 

Alberto Caeiro (O Guardador de Rebanhos - Poema XXIII)


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