O negócio foi-nos proposto. Cheguei a ter uma reunião com um secretário de estado por causa do Programa Aproximar Educação. A meio da reunião tinha a certeza que Moura não iria aderir.
1) Rejeitamos a ideia de municipalizar a educação. É domínio que deve ser coordenado pelo Governo, independentemente de toda a colaboração que possa/deva haver. Deixar uma área tão sensível ao arbítrio de 308 vontades é uma tentadora tragédia. Particularmente dos que se julgam pequenos justinianos.
2) O PAE iria sobrecarregar a Câmara Municipal com aquela inútil burocracia que é tão do agrado dos serviços centrais do Ministério da Educação.
3) Achei ofensiva uma das propostas, formulada genericamente da seguinte forma: "a ideia é manter os custos; se a Câmara Municipal gastar mais em educação, é responsabilidade da autarquia; se houver racionalização, nomeadamente de recursos humanos [nota do autor do blogue: querem que traduza?], os ganhos serão repartidos numa base 50/50".
Portanto, não obrigado. Nada de PAE, no Município de Moura.
Quem aderiu? Até agora 7 municípios PSD, 2 PS e 1 liderado por uma lista de independentes. Limite sul desta lista: Cascais. Municípios alentejanos envolvidos: ZERO.
Eis a demonstração de que o mundo gira à volta do sol, não das autarcas...
É, muito possivelmente, uma tentativa de aproximação à politica educacional dos EUA. Se por um lado há aspetos positivos, também não podemos descurar os aspetos nefastos da teoria norte americana, nomeadamente na diferenciação das classes e na desigualdade de oportunidades, onde as influências e o dinheiro impera no mundo das escolas, onde o facto de alguém saber dar pontapés numa bola tem mais relevância do quem tem capacidades intelectuais!
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