sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

UMA CIDADE E O SEU MUSEU: 8/20 - WORCESTER

Worcester? Onde é que raio fica Worcester? Seria aquele o último ponto da minha digressão americana, na primavera de 2004. O convite partira do Archaeological Institute of America e compreendia uma série de conferências: em Pittsburgh, em Springfield, em Providence e em Worcester. Um pim-pam-pum no leste americano. Com uma aula num sítio chique (a Brown University).

Mas a verdade é que eu não sabia mesmo onde ficava Worcester, nem que museu era aquele, nem porque raio queriam ouvir da arqueologia islâmica em Portugal... Surpresa! O museu tinha uma coleção fantástica e multifacetada, uma programação de deixar qualquer um verde de inveja e, surpresa maior, um público interessado e inquisitivo.

No final, alguém me pergunta, num português meio abrasileirado "a pensão Beira-Rio, em Mértola, ainda existe?". Mais uma surpresa. Conheci assim Chester Brummel, fotógrafo que tinha chegado a Portugal em meados de Abril de 1974, com uma bolsa de estudo do governo americano. Passou aqui dois anos extraordinários, confessou-me.

O dr. James Welu, um senhor de gestos suaves e estilo aristocrático conduzir-me-ia depois pelos corredores desertos do museu, numa visita privilegiada e difícil de esquecer. As memórias mais fortes desse dia têm a ver com Antioquia e com a Síria. E não é por causa deste mosaico que, aqui entre nós, não chega aos calcanhares do de Mértola...

De Worcester, uma pequena cidade de 180.000 habitantes, não recordo nada. Do museu sim. Gostava de lá voltar. E de voltar a encontrar o Chester.

Site do museu: http://www.worcesterart.org



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