O título corresponde ao final de uma estrofe, muito conhecida na minha terra. Estas duas imagens estão na exposição Água: património de Moura, que inaugura logo mais. São fotografias extraordinárias, cujo autor desconheço. A primeira é um milagre de profundidade de campo e de enquadramento. Pode ter sido um acaso, mas é um acaso cheio de feeling e de sensibilidade. Com reflexos na água, com o Ardila que se esbate ao longe. A segunda é um prodígio neorrealista. Em primeiro plano, temos Romão António Borralho "Romão da Barca" (falecido em 1986), uma das figuras mais populares de Moura no século XX. Está tudo certo na imagem, até a escassa qualidade da cópia... É quase um sfumato. E o enquadramento não podia ser melhor. Quase se ouvem as vozes de comando e se sente os esforço dos remadores. Outro acaso? Será, mas é mais um acaso genial.
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