quarta-feira, 29 de julho de 2015

CAMISA AMARELA

É um filme popular e sem datação possível. A intelectualidade lusitana, sempre distante dos gostos populares, olhou/olha com desdém esta farsa alfacinha, cheia de caricaturas e de graças intemporais. Tenho dificuldade em entender como se faz um remake de uma obra como esta. Porque acho que os intelectuais urbanos da Lusitânia estão a milhas do sentir popular. Sei do que falo, juro! Verei, juro!, o filme que agora se estreia. Vou cheio de reservas. Se não tiver razão, darei a mão à palmatória. Nesta cena de O pátio das cantigas, o destaque vai para Maria da Graça (1919-1995), que canta Camisa amarela, um samba imortal de Ary Barroso, datado de 1939. Confesso que a interpretação que me faz arrepios é a de Gal Costa. Mas esta tem imensa graça, em especial pelo detalhe do disco partido...

Viva O pátio das cantigas, filme de 1942. É o filme destes dias.

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