Hoje de Manhã
Hoje de manhã saí muito cedo,
Por ter acordado ainda mais cedo
Por ter acordado ainda mais cedo
E não ter nada que quisesse fazer...
Não sabia por caminho tomar
Mas o vento soprava forte, varria para um lado,
E segui o caminho para onde o vento me soprava nas costas.
Assim tem sido sempre a minha vida, e
assim quero que possa ser sempre —
Vou onde o vento me leva e não me
Sinto pensar.
Dois nomes do meu panteão privado: Alberto Caeiro (aqui num dos poemas inconjuntos) e José Manuel Rodrigues. O poema veio a calhar num dia de cinza e, ainda assim agradável. A porta aberta do gabinete - ter um jardim com dois hectares é um privilégio raro - amenizou a temperatura e o vento que entrava pela sala também ajudou.
Entre a manhã de ontem e a madrugada de hoje o dia passou-se entre reflexão, pouca escrita, bastante planeamento, a preparação de trabalho para as próximas semanas e alguma diversão (pesquisa de materiais para o Na Idade Média é que era bom). No meio andaram a poesia e a fotografia. O José trabalha sobre a Amareleja. Tenho a funda convicção que sairá da recolha que anda a fazer uma grande obra da Fotografia Portuguesa.
Sem comentários:
Enviar um comentário