quarta-feira, 5 de abril de 2017

O VENTO MUDOU - 50 ANOS

Repito um post de 1.4.2010:

Pergunta-me a leitora Dulcineia (um bom nome, que remete para o assalto ao Santa Maria) o que é feito dos Delfins. A Dulcineia vive em França há quase 20 anos, daí não estar ao corrente destas pequenas histórias da Pátria.

Os Delfins já não existem, mas pertencem à vida de muitos de nós. À minha pertencem, seguramente. Em 1984 fui alvo do gozo generalizado dos colegas da direcção da Associação de Estudantes de Letras (a Isabel Martins, o Carlos Almeida, o Luís Guerreiro, o Paulo Pacheco, a Rosa Ribeiro, a Vanda Inácio, a Ângela Luzia etc. etc.) por ter comprado um disco dos Delfins, a versão pop de O vento mudou, cantado em 1967 por Eduardo Nascimento. A Esquerda associativa próxima do PCP era então bastante dogmática. As heterodoxias (as de outros colegas e as minhas) eram vistas pela linha oficial com a condescendência que se reserva aos desalinhados inofensivos. Alguns colegas de então tiveram evoluções políticas erráticas. Não sei se já gostam dos Delfins. Nunca é tarde para começar.



Grande canção, O vento mudou continua (já lá vão 50 anos!) a ser reinterpretada: Da Vinci, UHF, Os Cardosos (!), Ricardo Oliveira... Que melhor homenagem pode ter uma música?

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