sábado, 25 de novembro de 2017

ÁGUA NOSSA

As páginas 2 a 4 do "Público" sobre as roturas e os consumos não cobrados nas redes municipais sublinharam algumas convicções que fui sedimentando ao longo dos últimos anos:

* Continuar a dizer-se que a recuperação das redes pode ser feita com o contributo das tarifas ou do seu aumento não faz sentido (ou, então, quem diz estas coisas vive num País que não é o nosso);

* A situação em muitas redes em baixa é má e vai piorar;

* Os Municípios não têm capacidade financeira para fazer face a problemas desta magnitude recorrendo apenas ao seu orçamento;

* A descapitalização, financeira e humana, a que o texto alude, vai aumentar.

Daqui por uns meses poderemos também confrontar as promessas que muitos fizeram ao longo de 2017 com a realidade das coisas. Em especial neste setor, onde se dizia que tudo era fácil...

Punch-line e cito do "Público" de ontem: nem é o número de pessoas a contratar que pode constituir um obstáculo, na sua opinião [Orlando Borges, presidente da ERSAR], dando exemplos como o da câmara que responde a essa necessidade "com apenas dois trabalhadores qualificados". Fico, sinceramente, com curiosidade em saber onde é esse milagre.

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