Já não falta muito para os jacarandás florirem. Em Lisboa, marcam bem a cidade. Estes, curiosamente, vão-me estar próximos.
As Flores do Jacarandá
O jacarandá florido
Brando cantar trazia
Branda a viola da noite
Branda a flauta do dia
O Jacarandá florido
Brando cantar trazia
O vinho doce da noite
A água clara do dia
Quem o olhava bebia
Quem o olhava escutava
O jacarandá florido
Que o silêncio cantava
Matilde Rosa Araújo in "As Fadas Verdes"
O jacarandá é uma árvore autóctone da margem esquerda do Guadiana, nam é?
ResponderEliminarNa Praça da Armada onde morei, no Jardim entre a minha casa da infância e o quartel da Marinha havia 18 jacarandás. VI muitos na Madeira...
ResponderEliminarQuanto a Lisboa, espero que sejas feliz. Mas como diz uma "lenda", a cantora Fairouz recusa-se a sorrir enquanto a Palestina continuar a sofrer. Será complexo sorrir, digo eu, numa cidade cujos habitantes são expelidos e a avalanche de habitantes ocasionais enlouquece os proprietários de edifícios, na ânsia de fazer dinheiro rápido. É um novo far-west, em que abundam lojas decalcadas com paquistaneses a vender água, merdilhetes em forma de souvenir pindérico para turismo esgazeado, pindérico, que faz uma selfie em Lisboa para dizer que lá esteve. Fecham lojas históricas e em seu lugar surgem lojas com conservas de corvina, robalo e outros peixes a quase vinte euros, o pastel de bacalhau com queijo da serra...Lisboa tornou-se a capital asfixiante do capitalismo mais estúpido que enxameia de hostéis e hotéis o centro histórico. Não gostava de a ver com tantos prédios em ruína, é certo. Reconstruir sim, vê-la bela sim, mas com os seus habitantes genuínos, em vez do êxodo e da morte forçada de tantas colectividades. Boa sorte.