Viramos à direita? Viramos à direita. Não politicamente, claro está. Virámos à direita e fomos terminar o dia, depois da conferência em Aracena, na taberna do Jorge. Que é taberna e tabernáculo. Aí chegados, e por entre as libações do fim do dia, reivindiquei a publicação que o Jorge promoveu há meses. É uma taberna única. Tem alma, bebe-se vinho, petisca-se, contam-se histórias e fazem-se edições. Cultura é, também, isto. O Jorge tinha-me pedido um texto curto para essa publicação. Aqui está ele.
MAIS QUE UMA TABERNA
Més que un club, dizem os adeptos do Barcelona da sua agremiação. Os que, ao longo de muitos anos, temos vindo a passar pelo Liberato podemos proclamar, com convicção “mais que uma taberna”. Bebemos copos? Sim. E ouvimos e contamos histórias? Claro, nem outra coisa seria de esperar. Sobretudo, temos a presença da Alice e do Jorge. Nos últimos tempos, uma nova faceta se veio juntar às muitas outras da Taberna do Liberato. Nasceram as Tertúlias dos Templários. À animação habitual, à música ocasional, à permanente boa disposição veio juntar-se a História. Num registo descontraído, mas nem por isso menos rigoroso. A Taberna do Liberato é uma taberna? É, e é muito mais que uma taberna. É um sítio com alma.
Santiago Macias
Historiador e amigo da taberna