AS CONTAS DO MUNICÍPIO – DIREITO DE RESPOSTA
Os longos, enfadonhos e “técnicos” artigos de António José Gomes não me fazem perder muito tempo de leitura. Aquela conversa pseudo-séria sobre a economia local não leva a lado nenhum. E, no momento e no local próprios, se dirá o que deve ser dito sobre pagamentos, despesas correntes, investimentos e obras. Destas muito pouco se tem visto e, assim, sem quase nada se fazer, bem se pode pagar dívida...
Mas há um ponto inadmissível, no artigo de António Gomes. É quando diz que “nesse tempo [mandato da CDU, quando fui presidente] as facturas dos fornecedores eram frequentemente guardadas na gaveta em vez de lança-las no sistema. Era uma forma de contornar os limites impostos pela lei, mas adulterava completamente a transparência das contas”.
A desonestidade intelectual de António Gomes torna-se um clássico e revela uma criatura pouca idónea:
1) A contabilidade de uma Câmara Municipal não é a de uma mercearia dos anos 50 do século passado;
2) Importaria que se explicitasse quem terá mandado esconder faturas (o pelouro financeiro era meu e sou pouco dado a brincadeiras);
3) Já agora, também seria interessante saber o nome de quem, tão pressurosamente, lhe disse este tipo de enormidades;
4) Na aplicação da contabilidade é possível cruzar a informação entre a data do documento e a data do lançamento. Nem sempre é possível fazer esse lançamento por ausência de fundos disponíveis (e não por qualquer manobra, habilidade ou intenção de contornar a lei);
5) Seria interessante, já agora, mostrar esses valores (incluindo os do atual mandato). Para se saber qual o montante da gaveta e qual a sua verdadeira relevância.
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