Ao ler, ontem, o extenso obituário que Clara Ferreira Alves dedicou a Eduardo Lourenço dou com esta surpreendente passagem:
"Recordo-o na estrada de Vence para Antibes. Pedira para irmos jantar ao restaurante onde Graham Greene abeberava. Disse-me logo que conhecera Greene, um vulto altivo na estação de comboios de Antibes. "E claro que fui ter com ele e disse aquela frase assassina, admiro muito a sua obra, sou de Portugal. E ele, que ia muito a Sintra, respondeu logo que havia um português que tinha curiosidade de conhecer. Pensei logo em nomes todo alvoroçado. Quem? Álvaro Cunhal!".
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