sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021

MUSEU ALBERTO GORDILLO - ANO 10

Não tenho o hábito de repetir na íntegra textos já publicados. Abro uma exceção para recordar a abertura do Museu Gordillo, ocorrida no dia 26 de fevereiro de 2011. Era um sábado.

O processo que levou à construção deste museu (tecnicamente falando, chama-se Centro de Joalharia Cotemporânea, por imperativos de ordem legal...) será contado no meu livro. Desde a definição do programa - que incluiu uma "inversão" dos pisos - passando pela escolha de Rui Afonso Santos para a realização do catálogo e culminando nos inúmeros detalhes que foi preciso ultrapassar, é um projeto feliz e bem concretizado.

Foi esse museu feito em Moura num tempo em que se procuravam soluções e se avançava. Um tempo bom, de procura de soluções e de trabalho oficinal.


No dia 26.2.2011 foi assim:

DE HESÍODO A ALBERTO GORDILLO

Hesíodo (séc. VIII a.C.) falava, na Teogonia, das Hespérides que, para lá do Oceano, guardavam maçãs e outros frutos dourados. Diodorus Siculus (séc. I a.C.) escreveu uma História Universal,onde mencionava os regatos de prata da Ibéria.
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O extremo ocidente do mundo então conhecido era célebre pela riqueza das suas minas e pela prosperidade que elas garantiam. O trabalho dos metais está presente, desde épocas recuadas, nos nossos territórios. O tesouro do Álamo foi descoberto na freguesia do Sobral da Adiça e é hoje um dos mais conhecidos tesouros nacionais.
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Talvez essas marcas e essas memórias estejam presentes na origem dos trabalhos de Alberto Gordillo. E na luminosidade dos seus trabalhos. Um homem que, estando há muito longe de Moura, nunca de lá saiu.
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A inauguração do Museu Gordillo, que ontem teve lugar, faz com que o concelho de Moura passe a dispor de mais um equipamento de excecional qualidade. O Presidente da Câmara sublinhou bem, no seu discurso, a ligação entre Cultura, Turismo e Desenvolvimento Económico. Um ponto em que temos batido ao longo dos últimos anos. Contra ventos e marés e contra os pessimistas profissionais, sempre tão lestos a levantarem objeções. Espero bem que as suas palavras tenham sido atentamente ouvidas.
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O Alberto Gordillo fez questão, na sua intervenção, em destacar o meu contributo aquele projeto e para o impulso dado ao museu. Não era mesmo nada necessário, como lhe disse depois. Contribuí e contribuo, como tantas outras pessoas, para que as coisas avancem. Continuarei, com a mesma convicção, a rematar processos que foram abertos e que cremos serem cruciais para o bem-estar das populações e para o desenvolvimento do concelho.

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