sexta-feira, 29 de julho de 2022

ADOBE NÃO É TAIPA. A PROPÓSITO DO LIVRO DE UM HOMEM QUE NÃO GOSTA DO ALENTEJO

Comprei o livro distraidamente, para iludir as manhãs no areal. Só ao ler me dei conta que aquele era O livro da polémica de há uns anos. Não o tinha lido, nessa altura. Tinha assistido a uma aflitiva entrevista na televisão.

Fiz mal. O livro está bem escrito. Não é o facto de o autor não gostar do Alentejo que me incomodou. Nem sequer o facto de confundir Alentejo com a zona de Santiago do Cacém. Nem de de dar de nós uma visão algo troglodítica. O que não gostei foi dos sucessivos erros de análise histórica, apresentados com empáfia e uns drifts humorísticos à mistura.

O livro tem um punch-line às avessas, logo na página 20, ao falar da arquitetura vernacular: "as paredes são de taipa (terra misturada com palha)". Terra misturada com palha é nos adobes, não na taipa. Análises de antropotreta dão nisto...


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