sábado, 30 de setembro de 2023

TARDE CASTELLA

A noite caia em Sevilha quando Sebastian Castella foi levado em ombros. Um triunfo notável (uma orelha no primeiro touro, duas no segundo) e eis que o matador cruza a Puerta del Principe. Fiz questão de ficar até ao fim. Gosto particularmente do toureio de Castella, da sua criatividade e da sua coragem. Os touros não eram excecionais, mas ele foi lá buscar tudo o que eles tinham. Emocionante foi ver a pequena multidão de jovens que o rodeou em plena arena e que foi com ele até ao Passo de Cristobal Colón. Os jovens não gostam disto?? Pois, pois...

Saí da Maestranza, sentei-me numa esplanada e acendi um puro. Foi a minha forma de celebrar um bela tarde de touros. Coisas que o meu Mediterrâneo ainda tem.


CLARA FERREIRA ALVES E O PANTEÃO NACIONAL

 "O Panteão é um túmulo escuro e sinistro onde os portugueses nunca põem os pés e que é visitado apressadamente, acrescente-se, por turistas que não fazem ideia dos mortos".

Clara Ferreira Alves dixit. Convinha que Clara visitasse o monumento um dia destes, em vez de se entreter a escrever frases vistosas mas que não são verdadeiras.



sexta-feira, 29 de setembro de 2023

DEZ ANOS

Faz hoje dez anos, ao fim de uma noite longa, recebia a notícia da vitória da CDU, nas eleições autárquicas, em Moura. Prenúncio para quatro anos absolutamente frenéticos. Uma atividade que deixou marcas inapagáveis. Como bem constato em cada regresso ao concelho.

Este foi o vídeo da sessão de apresentação, em fevereiro de 2013.



quinta-feira, 28 de setembro de 2023

ARRÁBIDA

A luz do final da tarde estava muito bonita. Ainda mais bonita quando saí da Biblioteca Municipal, com um tom dourado que só encontramos por etsa paragens. A caminha do castelo de palmela só me lembrei de Sebastião da Gama. Nada mais.

IMAGEM
Deixem-me esta imagem, mesmo quando eu dormir,
                                        [mesmo quando eu morrer.
Esta imagem de cores bailando, bailarinas falsas, danças
                                                                      [verdadeiras
de luz saudável
De coisas só muito boas, como nem nos sonhos.
Porque eu não estou sonhando. esta imagem aconteceu
                                        [- me eram seis horas da tarde
e eu tinha os olhos abertos
e os pássaros cantavam, nítidos, no ar.
Vou levá-la comigo,
bem no fundo dos meus olhos que é como quem diz bem
                                                  [no fundo da minha alma,
a todos os sítios a que for.
Pra olhá-la quando estiver triste
e quando estiver contente
e quando não estiver contente nem triste.
Esta imagem aconteceu-me eram seis horas da tarde...
o Sol estava alegre, o Mar alegre.
E eu que não estava alegre nem triste
fiquei alegre sem saber porquê...

Sebastião da Gama, Itinerário Paralelo



quarta-feira, 27 de setembro de 2023

OS QUEEN - A VIA MARXISTA PARA O POP

Vinha na A6, no regresso de Elvas. Já era quase noite quando uma estação de rádio disparou esta canção, que há muitos anos não ouvia. Somebody to love, dos Queen, foi um grande sucesso no início de 1977. O grande apóstolo dos Queen era um jornalista da "Música & Som", chamado Bernardo Brito e Cunha. Escrevia bem e era um entusiasta do marxismo (primeiro A night at the opera, depois A day at the races) dos Queen. Os Queen já não me entusiasmam como então, mas não há nada como recordar esses dias já distantes passados no Liceu de Queluz.

terça-feira, 26 de setembro de 2023

ELVAS & PALMELA

Só me consigo lembrar de uma velha canção de Lennon&McCartney, The long and winding road... São voltas e mais voltas. Amanhã, Elvas, na quinta, Palmela. O caminho é cansativo, mas dá-me prazer todo este desassossego.

Tinha a convicção que o pronto ia resultar. Mas confesso que superou, em muito, as minhas expectativas. O caminho prossegue. Em breve chegará a vez de Barrancos e de Mourão.

Viva Duarte Darmas!


segunda-feira, 25 de setembro de 2023

37...

Começa hoje o ano 37 de funcionário público. Adoro ouvir piadas aos que trabalham para o Estado. Sobretudo porque não passo cartão nem aos autores nem às piadas.


domingo, 24 de setembro de 2023

A CDU VAI DESAPARECER... A CDU VAI DESAPARECER... A CDU VAI DESAPARECER...

Nos últimos dias não se dizia outra coisa. A CDU vai desaparecer do parlamento regional. Um verdadeiro digo riscado. Um uicheful cinquinque. Afinal, não. Até subiu percentualmente e em número de votos.

O que vai acontecer na Madeira? O PS foi por ali abaixo. Não há acasos... Vai haver negociações entre o PSD/CDS e a Iniciativa Liberal. Que vai vender muito caro (afinal, eles estão habituados a coisas muito caras) o seu voto.

GUINÉ-BISSAU: 50 ANOS

A independência do País foi proclamada em Madina do Boé, faz hoje 50 anos (na fotografia vemos Luís Cabral, primeiro presidente do País). O colonialismo caminhava para o fim - o neo-colonialismo já se desenhava, contudo - e o fascismo português entrava no estertor final. O 25 de abril chegaria sete meses mais tarde.


sábado, 23 de setembro de 2023

NEM DEFESA NEM DIPLOMACIA NEM JUSTIÇA

Há matérias que devem permanecer, exclusivamente, no âmbito dos cidadãos nacionais, para defesa dos interesses do País e por questões de identidade:

Defesa

Diplomacia

Justiça

Aí não só não sou inclusivo, como sou convictamente exclusivo.

Mas teve uma certa graça aquele truque barato do "Público" de querer fazer identificar PCP e Chega...




NECRÓPOLES & CINEMA

A palavra vem do grego νεκρόπολη e quer dizer, literalmente, "cidade dos mortos". No Mundo Antigo mediterrânico o mundo dos vivos não se misturava com o dos mortos. Daí a localização dos cemitérios, fora de portas, numa realidade à parte.

Dois filmes retratam duas cidades dos mortos, uma em Lisboa, outra no Cairo. Dois documentários brilhantes, da autoria de Raul Losada e de Sérgio Tréfaut. Os trailers destapam a ponta do véu.


sexta-feira, 22 de setembro de 2023

OH, JERUSALÉM, JERUSALÉM...

"Subindo e descendo aos encontrões a Rua do Rei David, do nascer ao pôr-do-sol, a multidão continua a ser uma imagem fiel do 'Oriente', ainda imune à onda de fatos e óculos de tartaruga. Aí vem o árabe do deserto, com seu bigode desmesurado, que passa majestosamente de vestes volumosas de lá de camelo, bordadas a ouro; a mulher árabe, de face tatuada e vestido bordado, com um cesto à cabeça; o sacerdote islâmico, de barba aparada e perfeito turbante branco em volta do fez; o judeu ortodoxo, com seus cachos de cabelo, chapéu de pêlo de castor e sobrecasaca preta; o sacerdote e os monges gregos, de barba e cabelo apanhado em puxo sob altos camelaucos pretos; sacerdotes e monges do Egipto, da Abissína e da Arménia; o padre latino, de hábito castanho e capacete colonial branco; a mulher de Belém, com seu penteado caído para trás e coberto com um véu branco, que se diz ser um legado do reino normando; e no meio de toda esta gente, como pano de fundo do imprescindível lugar-comum, o fato ocasional, o vestido de cretone, o turista de máquina fotográfica pendurada ao pescoço".

O Médio Oriente em poucas palavras, num excerto de "A estrada para Oxiana", de Robert Byron. Texto de arranque da próxima aula. Vá lá que os meus alunos não passam pelo blogue 😊...

quinta-feira, 21 de setembro de 2023

PERPETUUM EÇA

8º piso de uma instituição pública, em Lisboa.

Perpetuum mobile 2 [I], de António Quadros Ferreira, de 2005 (fragmento). Impressão sobre tela vinílica.

quarta-feira, 20 de setembro de 2023

A CUBA, ESSE SÍTIO PERIGOSÍSSIMO!

Isto está no twitter e não há razão para crer que seja montagem.

Um cidadã portuguesa foi ameaçada porque quer ir de combóio de Cuba [da Cuba, dizemos nós] para o Porto. Daria vontade de rir se não fosse terrível.


SONS DE OUTROS TEMPOS - II: TÚ SERÁS MI BABY

Mais uma música de um filme. Ainda "Tabu", de Miguel Gomes. Que foi buscar um tema da época, um êxito de um conjunto de Madagáscar (!), Les surfs. Conheceram assinalável sucesso entre 1963 e 1971.

Gosto em especial da coreografia: "dos pasitos palante, vueltecita, dos pasitos atrás..."


segunda-feira, 18 de setembro de 2023

O ESFORÇO E A GLÓRIA DE CARLOS GOMES

É um dos nomes míticos do futebol português. Não estou assim tão seguro que seja conhecido pelas novas gerações. Nasceu em 1932 e faleceu em 2005. Em Portugal jogou pelo Sporting entre os 18 e os 26 anos. Sagrou-se campeão nacional cinco vez e ganhou uma Taça de Portugal. Militante anti-fascista, saiu do País em 1958, não tendo, com exceção de uma breve passagem pelo Atlético, regressado a Portugal para a prática futebolística. Jogou em Espanha, em Marrocos e na Argélia. Viveu mais tarde na Tunísia.

Em Marrocos ganhou a Taça do Rei, em 1966, pelo COD Meknès. Foi campeão argelino, enquanto treinador, pelo MC Oran, em 1971.

Que vida invulgar e fantástica.


domingo, 17 de setembro de 2023

MÉRTOLA, SETEMBRO DE 1983

Um telefonema desta tarde veio-me recordar um facto, já quase escondido, na minha memória. Fui escavar pela primeira vez (na quadrícula F5, mas isso agora é o menos) em Mértola em setembro de 1983.

A viagem para lá foi "épica": de automotora, a das 6 da manhã, de Moura para Beja. Depois a camioneta, de Beja para Mértola. Com derivações por vários montes, como a Corte da Velha. Em Vale de Açor de Cima houve uma paragem técnica. O motorista desceu para apanhar uma encomenda e para beber um copo de vinho branco. Noutro tempo, noutro país...

Estive em Mértola três semanas. Que deram rumo profissional à minha vida, embora estivesse apenas a terminar o 2º ano da licenciatura.

A fotografia é de agosto de 1986, quando estava a escavar o chamado "silo 4"...


sábado, 16 de setembro de 2023

PALMELA: 11ª. EXIBIÇÃO

Desde ontem que a exposição "Duarte Darmas - do cálamo ao drone" está (et pour cause...) na Igreja de Santiago. Vai ficar até 7 de outubro.

No dia 28 de setembro conduzirei uma visita ao local.

Aproxima-se do fim a digressão iniciada há cerca de um ano, em Évora. Que tudo isto tenha contribuído para popularizar a obra de um génio chamado Duarte Darmas é o meu voto.



ISMAELITAS EM MÉRTOLA

Foi na passada terça-feira. Dia de estar em Mértola com um grupo do Centro de Estudos Ismailis. Um verdadeiro (e duplo) regresso ao passado. Deambulando por vários projetos a que dei o meu anónimo contributo. Uma década e meia (1991-2005) verdadeiramente marcante, do ponto de vista pessoal.

O que mais espantou os estrangeiros foi "aquilo acontecer" numa pequena vila, longe dos grandes centros. Uma vez, em Marrocos, perguntaram a um colega nosso quantas universidades havia em Mértola.


sexta-feira, 15 de setembro de 2023

SÃO VICENTE

O programa é extenso e traduz trabalho e conhecimento sobre o tema. É um projeto da Câmara Municipal de Lisboa. Cito, para além do vereador Diogo Moura, quatro nomes: Laurentina Pereira (diretora municipal de cultura), Jorge Ramos de Carvalho (diretor do departamento de património cultural), Hélia Silva e Edite Alberto. Tive a sorte de trabalhar com eles entre abril de 2018 e finais de 2019.

Amanhã irei participar numa mesa-redonda sobre moçárabes. A minha intervenção será um pouco "lateral", mesmo que tenha de aludir ao "Liber Ordinum" 😐😐😐.

Toda a excelente informação em: https://www.lisboa.pt/agenda/o-que-fazer/850-anos-sao-vicente

TARDE MONFORTENSE

Monforte foi o 10º. ponto de paragem da exposição sobre a obra de Duarte Darmas. Um início de tarde animado, no anfiteatro do CEFUS.

A digressão continua já de seguida, em Palmela.


quinta-feira, 14 de setembro de 2023

PRÉMIO VILALVA 2023: CHALET FICALHO

Do site da Fundação Calouste Gulbenkian:

Chalet Ficalho, em Cascais, é o vencedor do Prémio Vilalva 

Esta edição do Prémio atribui ainda duas menções honrosas. Uma ao Edifício das Águas Livres e outra às Casas Nobres de João Pereira e Sousa.

Texto completo em:

https://gulbenkian.pt/noticias/chalet-ficalho-em-cascais-e-o-vencedor-do-premio-vilalva/


quarta-feira, 13 de setembro de 2023

NATUREZA MORTA

Próxima exposição no Panteão Nacional: NATUREZA MORTA, de José Manuel Rodrigues.

Inauguração: dia 15, às 18h 30. Entrada livre, no dia da inauguração.


terça-feira, 12 de setembro de 2023

FLASH MOB NO PANTEÃO NACIONAL

Foi na terça-feira passada. Estava no gabinete, com a porta fechada quando comecei a ouvir cânticos. Pensei que fosse na rua. Às tantas, o som cresceu e tornou-me mais audível. "Na rua, não é", pensei e saí em direção ao coro baixo. Um quarteto cantava no varandim interior, junto ao arranque da cúpula. Desci em direção à portaria, para saber o que se passava. Um grupo de jovens tinha entrado e perguntou se podia cantar. Na verdade, a atitude não é muito canónica, mas a verdade é que cantavam bem e o público visitante estava a gostar, e aplaudia. Resolvi não intervir e deixar o flash mob continuar, enquanto o registo fosse aquele.


segunda-feira, 11 de setembro de 2023

11 DE SETEMBRO DE 1973

Faz hoje 50 anos que o imperialismo norte-americano decretou o fim do governo de Unidade Popular, liderado por Salvador Allende.

O Palácio de La Moneda foi bombardeado e o Presidente Allende não chegaria vivo ao final desse dia cinzento e trágico.

O golpe de Pinochet (que fora designado para comandar as Forças Armadas em 23.8.1973) foi um sinal da CIA para o mundo. As décadas seguintes foram uma trágica confirmação do poder do Império.


domingo, 10 de setembro de 2023

DE MACAU A LOURES

No Parque da Cidade de Loures há uma réplica, em tamanho reduzido da fachada da Igreja da Madre de Deus, em Macau. Vi há dias, no Museu do Oriente, uma pintura onde se vêem a igreja e o Colégio de S. Paulo, em toda a sua dimensão, antes do fogo a ter destruído, em 1835.

Curiosidades suburbanas.








sábado, 9 de setembro de 2023

STARDUST MEMORIES Nº. 72: A FEIRA

Os carrinhos eram como este. A pista ficava instalada onde agora é o final da Rua Dr. Bento Caeiro, em Moura. Eu tinha 6 ou 7 anos e nem pensar em andar sozinho naquelas maquinetas. O expediente era simples. A minha mãe, que também não se atrevia em andar naquelas maquinetas, pegava em mim à saída do horário de trabalho e levava-me até à pista. Chamava um moço, passava-lhes 5 escudos para as mãos, "fulano, anda cá, leva lá o Santiago a dar umas voltas". A minha mãe trabalhava na secretaria da escola e aquilo para os rapazes, mesmo tendo de aturar o miúdo, era um bónus. Bom, e nem pensar em dizer que não à "menina Júlia da secretaria". Foi bom ter crescido numa vila pequena? Então não foi...

Hoje é o segundo dia de feira.

AOS DOMINGOS, NOS MUSEUS, PALÁCIOS E MONUMENTOS...

Desde dia de 1 de setembro que assim é. A entrada nos museus, palácios e monumentos é livre, aos domingos, para os residentes em território nacional. Uma medida importante, uma vez que até aqui essa medida era só até às 14 horas. Agora, já não há "desculpas"...


quinta-feira, 7 de setembro de 2023

HÁ 31.800 EUROS NUMA CONTA BANCÁRIA ONDE ESTÁ O MEU NOME. A CONTA NÃO É MINHA. O DINHEIRO NÃO É MEU.

O dinheiro pertence a uma associação (ASSECOS), entretanto desativada e integrada por outros municípios.

O processo não ficou terminado quando saí, em 2017. Mas, caramba!, já passaram 6 (seis) anos. No passado mês de maio tive um assunto bancário empatado porque o meu nome ainda estava associado (não sei porque carga de água...) a uma conta da COMOIPREL. Enquanto aquilo não se resolveu o assunto de que estava a tratar com o banco não pode avançar.

Resolvi saber o que mais poderia haver. E dei com uma conta com um saldo de 31.800 euros no Crédito Agrícola, em Moura. Alertei a Câmara. Mais de dois meses volvidos, o assunto estava na mesma. Escrevi ao Crédito Agrícola pedindo a minha desvinculação da conta. Quero ver até onde vai o romance.

Esclareço que o Crédito Agrícola do Guadiana Interior nada tem a ver com esta embrulhada.

Sei bem que as coisas nem sempre são fáceis numa autarquia. E que há coisas que correm menos bem. E que levam tempo a resolver. Até aí, nada a dizer. O que choca é o silêncio, a arrogância e a displicência de quem manda. O que eu esperava é que o Sr. Presidente da Câmara tivesse a hombridade de me enviar um mail pedindo desculpa pelos incómodos causados e que não se escondesse detrás de funcionários.  Quem comanda tem de estar preparado e enfrentar as dificuldades. É só isso.

Bendita Câmara PS de Moura!


quarta-feira, 6 de setembro de 2023

PRÓXIMA PARAGEM: MONFORTE

Na próxima quarta-feira, dia 13, estarei em Monforte, para dar por encerrada mais uma etapa deste projeto. Palmela está já aí, ao virar da esquina.

31

São, para já, 31 os monumentos e museus que vão integrar a Museus e Monumentos de Portugal, Entidade Pública Empresarial. Destes apenas seis estão fora da faixa litoral.. Um sinal claro daquilo em que o País se tornou. A lista é esta:

Casa-Museu Dr. Anastácio Gonçalves, em Lisboa.

Convento de Cristo, em Tomar.

Fortaleza de Sagres, em Vila do Bispo.

Mosteiro de Alcobaça, em Alcobaça.

Mosteiro de Santa Maria da Vitória, na Batalha.

Mosteiro dos Jerónimos e Capela de São Jerónimo, em Lisboa.

Museu de Alberto Sampaio e extensão no Palacete de Santiago, em Guimarães.

Museu de Arte Popular, em Lisboa.

Museu de Lamego, em Lamego.

Museu José Malhoa, em Caldas da Rainha.

Museu Nacional da Música, em Lisboa.

Museu Nacional da Resistência e da Liberdade, em Peniche.

Museu Nacional de Arqueologia, em Lisboa.

Museu Nacional de Arte Antiga, em Lisboa.

Museu Nacional de Arte Contemporânea - Museu do Chiado, em Lisboa.

Museu Nacional de Conímbriga, em Condeixa-a-Nova.

Museu Nacional de Etnologia, em Lisboa.

Museu Nacional de Machado de Castro, em Coimbra.

Museu Nacional de Soares dos Reis e Casa-Museu Fernando de Castro, no Porto.

Museu Nacional do Azulejo, em Lisboa.

Museu Nacional do Teatro e da Dança, em Lisboa.

Museu Nacional do Traje, em Lisboa.

Museu Nacional dos Coches e Picadeiro Real, em Lisboa.

Museu Nacional Frei Manuel do Cenáculo e Igreja das Mercês, em Évora.

Museu Nacional Grão Vasco, em Viseu.

Museu Rainha D. Leonor e extensão na Igreja de Santo Amaro, em Beja.

Paço dos Duques, Castelo de Guimarães e Igreja de São Miguel do Castelo, em Guimarães.

Palácio Nacional da Ajuda e Museu do Tesouro Real, em Lisboa.

Palácio Nacional de Mafra, em Mafra.

Panteão Nacional, em Lisboa.

Torre de Belém, em Lisboa.



terça-feira, 5 de setembro de 2023

21.773 VISITANTES EM AGOSTO

O mês de agosto de 2023 foi o melhor mês de sempre, em termos de entradas, no Panteão Nacional. Foram 21.773 visitantes. Um recorde que supera os 20.459 de agosto de 2018. Em termos totais, vamos, neste ano, com quase 130.000 entradas.

 

segunda-feira, 4 de setembro de 2023

LEGEM HABEMUS

Os decretos-lei (nº.s 78 e 79/2023) que procedem à criação do Património Cultural, I. P.  e da Museus e Monumentos de Portugal, E. P. E. e que aprovam as respetivas orgânicas foram hoje publicados no Diário da República:



Longos e difíceis são os caminhos do Património.

LEQUES

É uma das grandes exposições do ano. Se não fosse o amor por leques de uma velha amiga, talvez não a visse. Seria pena. As peças são fantásticas e o percurso bem pensado. Fica o senão do tamanho das tabelas, a desafiarem a vista de pobres sexagenários. Na senda dos leques orientais está no Museu do Oriente até ao próximo dia 10.


domingo, 3 de setembro de 2023

AVANTE!

A Cidade Internacional estava significativamente maior que em anos anteriores, havia muita gente por toda a parte, ninguém arredou pé do comício - que encheu todo o recinto central (os enquadramentos da RTP eram marotos) - apesar da chuva e revi um par de amigos (em dois casos não os via há mais de 30 anos...).

A minha primeira ida à Festa foi em 1981. Acabara de entrar para a Faculdade e vivia dias alegres. Já lá vão 42 anos.

Aqui fica um recuerdo, com um grupo de amigos de Moura.


sábado, 2 de setembro de 2023

E DIA 9...

é dia da tradicional corrida de touros da Feira de Setembro. Falta uma semana.

Lá estarei, hoje como desde há mais de 50 anos.


sexta-feira, 1 de setembro de 2023

O OUTRO LADO DO SUL

Todos os dias, quando subo para o meu gabinete, na torre I do Panteão Nacional, abro a janela e olho para o outro lado do rio. Trabalhar de portas abertas é um velho hábito, trazido dos tempos em que estava na Câmara de Moura. Ao fundo, para lá da margem esquerda do Tejo, está o requebro do Castelo de Palmela. Vê-se com toda a nitidez, a 25 quilómetros de distância. Para lá do castelo, 159 quilómetros a sudeste, está a minha casa na Salúquia. É para lá que olho, mesmo sem a ver, é lá que estou, mesmo quando me sento à secretária e começo a trabalhar.

            Do outro lado do Tejo está o outro lado do sul. Esse outro lado do sul chama-se Alentejo. Aquele que é o meu, aquele onde nasci e para onde um dia regressarei. Há coisas que o Alentejo tem e que não encontro em mais lado nenhum. O Alentejo são as romarias na primavera, e as procissões ao longo do campo. Os textos da antiga Grécia descrevem procissões assim. São tão antigas como este mundo do sul onde vivemos. O Alentejo é a vinha e o vinho, a oliveira e as azeitonas e o azeite, e a figueira. O sul é a cal e o branco mais intenso que existe. E um céu azul, que assim tão azul só encontramos no Alentejo, na Andaluzia ou no Peloponeso. O Alentejo é a terra das festas vibrantes, “tierra ensangrentada en tardes de toros”, que Agustín Lara (que era mexicano...) imortalizou. O Alentejo são os nervos à flor da pele. É um território de sentimentos fortes: amor, paixão, amizade, ódio, vingança. É a paixão dos fortes feita gente. É um mundo antigo, feito de gente firme e digna.

            O Alentejo é o som das vozes e do cante. Há 25 anos, andando ao longo da muralha, em Mértola, ouvi, 20 metros mais abaixo, alguém que cantava no rio uma moda de extraordinária beleza. Era uma daquelas vozes melancólicas e cheia de uns trinados que vão sendo cada vez mais raros. A voz do pescador enchia o anfiteatro natural que Mértola é, para meu encanto e para espanto de um grupo de turistas alemães que assistia, fascinado, àquela exibição. A voz daquele pescador representava o que vai resistindo de uma cultura milenar. Há muitas centenas de anos que as margens do Guadiana, e os esplendorosos cerros à sua volta, ouvem pescadores cantar a mesma musicalidade, dita umas vezes em latim, outras em árabe, outras enfim em português. O pescador já não está entre nós e não voltarei a ouvir ninguém cantar daquela maneira. Mas o episódio dessa manhã ficou-me bem gravado. O sul é, para mim, também essa memória de pessoas, de sítios, de sons, de cores e de pequenas histórias. E cada um de nós tem o seu Alentejo, cheio de recordações e de episódios. Não é uma anedota nem a caricatura que dele quis fazer, desgraçadamente, Henrique Raposo.

            Amanhã de manhã, repetirei o ritual de todos os dias. Entrarei pela porta lateral, cruzarei o coro baixo e entrarei no meu gabinete. Abrirei a janela de par em par e olharei para o castelo de Palmela, lá longe. E pensarei, como sempre, “está ali o outro lado do sul”.

            O Alentejo, no outro lado do rio, é a minha casa. É a nossa casa. É uma casa enorme, onde está sempre a minha gente e a minha família. Foi o local da partida e será o local de regresso. Isso eu sei, mesmo que não saiba explicar.

Crónica hoje, em "A Planície"

E antes que venham com minhoquices: nem o horizente está torto, nem a imagem está partida a meio...