segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

E QUE ÀS VEZES SE CONVERTEM EM LUPANARES...

Vi esta fotografia, há uns meses, no CCB, e fiquei intrigadíssimo. A autora é a tunisina Lilia Benzid e o local é o cemitério de Zaafrane. O que mais me espantou foram as estruturas metálicas sobre os túmulos. Fiz várias indagações, junto de colegas tunisinos e franceses. Nada. Ninguém me soube explicar a sua função. Uma passagem do tratado de Ibn Abdun, de meados do século XII, e já aqui citada, dá uma pista, porventura falível:

[53] No debrá permitirse que en los cementerios se instale ningún vendedor, que lo que hacen es contemplar los rostros descubiertos de las mujeres enlutadas, ni se consentirá que los días de fiesta se estacionen los mozos en los caminos entre los sepulcros a acechar el paso de las mujeres. Esfuércese en impedirlo el almotacén, apoyado por el cadí. También deberá prohibir el gobierno que algunos individuos permanezcan en los espacios que separan las tumbas con intento de seducir a las mujeres, para impedir lo cual se hará una inspección dos veces al día, obligación que incumbe al almotacén. Se ordenará asimismo a los agentes de policía que registren los cercados circulares [que rodean algunas tumbas], y que a veces se convierten en lupanares, sobre todo en verano, cuando los caminos están desiertos a la hora de la siesta.

Estas estruturas são a reminiscência de uma antiga prática andaluza? Está aqui a clarificação da estranha ligação entre eros e thanatos que Ibn Abdun censurava?



1 comentário:

  1. Não consegui perceber nada que pudesse favorecer um encontro. Só vi areia. A estrutura metálica que você diz são estes quadrados de metal enfeitados com flores ou estão no chão? Mesmo assim continua sem atrativos. Qual é a prática andaluza?
    Namorar em lugares assim?

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