sábado, 31 de dezembro de 2022
UM DESEJO, A FECHAR O ANO
UM CONVITE, A FECHAR O ANO
sexta-feira, 30 de dezembro de 2022
DESPEDIDA E TRANSFIGURAÇÃO, PELAS RUAS DE SAFARA
Foi ao som de uma conhecida marcha de procissão que Joaquim Bicho Gonçalves (1944-2022) se despediu das ruas da sua aldeia.
Não éramos amigos próximos. Mas tinha por ele sincera estima e consideração. Por isso fiz questão de ir a Safara prestar uma última homenagem ao cidadão, ao antigo autarca e, sobretudo, aquele que foi a alma da Banda de Safara durante muitos anos.
Havia muita gente na igreja e nas ruas. O que significa que há percursos e vidas que marcam. Vim de Safara com essa vincada convicção.
2022: 12 MOMENTOS
Fecha-se 2022. Um ano à volta do Panteão Nacional e de vários projetos pessoais. Escolhi uma dúzia de momentos, marcadamente profissionais. Uma média de um por mês, mas sem ter todos os meses marcados.
Aqui vão alguns momentos:
Fevereiro
Em torno de al-Mutâmide. Regresso ao passado islâmico.
SÁBADO, 5 DE FEVEREIRO DE 2022
AL-MUTÂMIDE
Março
Apresentação do projeto Duarte Darmas "en petit comité". Foi o começo da conclusão de um trabalho que começou a ser esquiçado há quase 20 anos...
DOMINGO, 27 DE MARÇO DE 2022
O SR. DUARTE DARMAS - APRESENTAÇÃO PRIVADA
Foi uma ante-estreia. No sábado à tarde, de modo festivo e ante uma reduzida plateia (cerca de uma dezena de assistentes), foi feita a primeira apresentação de "Duarte Darmas - do cálamo ao drone". A apresentação pública será, assim o espero e depois de limadas algumas arestas, no final de abril ou início de maio.
Etiquetas: livros e leituras
Abril
Celebrando o Dia da Voz e de Santa Engrácia. Que são o mesmo: 16 de abril.
SÁBADO, 16 DE ABRIL DE 2022
VOZ E SANTA ENGRÁCIA
E o dia foi.
200 pessoas encheram a nave do Panteão. Celebrou-se o Dia da Voz. Que é também o Dia de Santa Engrácia. Assim nos juntamos ao Dia Internacional dos Monumentos e Sítios. Com o Rancho de Cantadores de Aldeia Nova de São Bento, com Nany Lima, com Teresinha Landeiro. E com os músicos que os acompanharam.
Um momento em torno de três formas de Património musical e vocal que já são de toda a Humanidade: Cante Alentejano, Morna e Fado. Algo que não teria sido possível sem a solidária colaboração do Museu do Fado, nem sem o apoio da Embaixada de Cabo Verde, do Centro Cultural Cabo Verde e da Câmara Municipal de Serpa. E da Lisbon Cruise Port.
Maio
Recordando os 20 anos do Museu Islâmico (20 anos???). Iria participar no Festival Islâmico, mas o sr. covid não mo permitiu.
Festejei, no final do mês, a atribuição do Prémio Vilalva à recuperação da Sé do Funchal.
QUINTA-FEIRA, 19 DE MAIO DE 2022
MUSEU ISLÂMICO: 20 ANOS EM DEBATE
E assim se passaram 20 anos. E mais alguns meses, em boa verdade. Foi um processo longo, iniciado em finais da década de 80. Tomei conta dele em 1991. Foram 10 anos de luta até se chegar a dezembro de 2001, quando o museu foi inaugurado. Uma caminhada recordada ontem à tarde, no âmbito do Dia Internacional dos Museus. Com o prazer da companhia de João Paulo Ramôa, de Cláudio Torres e de José Alberto Alegria. Stardust memories em cheio.
Uma parte do meu percurso pessoal começava a encerrar-se ali. Em 2002 comecei lentamente a regressar a Moura.
O Museu Islâmico foi uma pequena saga, feita de enorme esforço e da dedicação de muita gente. As coisas eram assim e já não são assim. Porque tudo muda.
TERÇA-FEIRA, 31 DE MAIO DE 2022
PRÉMIO VILALVA PARA RESTAURO DA SÉ DO FUNCHAL
O anúncio foi feito há pouco. O prémio foi atribuído com toda a justiça. E com toda a unânime convicção.
O trabalho de conservação e restauro efectuado no âmbito desta recuperação prolonga a arte mudéjar no tempo. A arte mudéjar da ilha da Madeira inscreve-se numa tradição que mergulha as suas raízes na arte islâmica andaluz e que teve ampla difusão peninsular. A sofisticação das laçarias em madeira”, tipicamente mudéjar, está ali representada em todo o seu esplendor.
Júri do prémio: António Lamas (que preside), Raquel Henriques da Silva, Gonçalo Byrne, Luís Ribeiro, Santiago Macias (o deste blogue) e Rui Vieira Nery.
Etiquetas: património
Junho
O mês 6 também teve coisas a dobrar: a 21 teve lugar o lançamento do catálogo "Pantheon & Panteão" e a 24, um dia inesquecível, saiu a entrevista que o "Diário do Alentejo" me fez.
DOMINGO, 19 DE JUNHO DE 2022
PANTHEON & PANTEÃO
Depois de amanhã, dia 21, às 18:30, apresentação do catálogo da exposição preparada pelos dois monumentos, o parisiense e o lisboeta. A exposição faz parte da Temporada Cruzada Portugal-França.
É uma edição da DGPC e do Panteão Nacional, que contou com o generoso apoio de uma empresa, a URIOS.
Entrada livre.
SEXTA-FEIRA, 24 DE JUNHO DE 2022
PERFIL: ENTREVISTA AO "DIÁRIO DO ALENTEJO"
Sai hoje no "Diário do Alentejo" este perfil. A longa conversa foi resumida de forma excelente, pela Júlia Serrão. Só não falámos do "cruzeiro" a Alcoutim, em setembro de 1983...
Sinto-me fielmente retratado neste trabalho.
https://diariodoalentejo.pt/pt/Default.aspx
Agosto
No final de agosto, "vejo-me" em Vila Franca de Xira. Foi enorme prazer e um tremendo privilégio ter podido participar naquele projeto.
DOMINGO, 28 DE AGOSTO DE 2022
VILA FRANCA DE XIRA - ENTRE O MALI E A SÍRIA
Várias vezes me lembrei da cor da arquitetura de Luis Barragán (1902-1988), ao visitar a exposição A família humana, organizada por Jorge Calado. As imagens têm rodado com regularidade e esta é, segundo creio, a última série de fotografias. Fui surpreendido com a exibição de duas imagens minhas: uma feita na Síria, outra no Mali. Faço companhia a nomes como Willy Ronis, José Manuel Rodrigues, Kees Scherer ou Claude Jacoby. Um privilégio raro. E, num certo sentido, divertido.
Setembro
Não pude estar presente, na sessão da Fundação Calouste Gulbenkian, mas o meu texto de homenagem está no livro.
QUINTA-FEIRA, 15 DE SETEMBRO DE 2022
MARIA JOSÉ MOURA - INOVAR COM DETERMINAÇÃO
O colóquio de homenagem tem lugar hoje. É bom vermos que os exemplos de dedicação, determinação e competência não são esquecidos.
Razões de ordem pessoal levam-me a não poder responder favoravelmente ao convite que recebi. Espero poder adquirir depois o livro que vai ser editado. Enviei, em tempos, um curto testemunho, que não sei se chegou a tempo de ser incluído:
MARIA JOSÉ MOURA
No dia 3 de abril de 1986, um simples despacho de Teresa Patrício Gouveia, Secretária de Estado da Cultura, criava condições a instalação de uma rede de bibliotecas municipais. Era preciso alguém que capitaneasse o projeto. O grupo de trabalho que então se constituiu era coordenado por Maria José Moura, uma veterana bibliotecária, que foi a alma do que se seguiu. E o que se seguiu foi uma verdadeira revolução cultural. Era preciso rigor administrativo, mas muito mais que isso. Era imprescindível criatividade e energia, dentro das baias da legislação. Maria José Moura fez da teoria prática. À mistura com uma fervorosa crença na capacidade da juventude.
Só a conheci depois desse processo ter arrancado. Tive a perceção que algo de único se iria passar. A minha perceção ficou, felizmente, muito aquém da realidade futura. No dia em que comecei a trabalhar na Câmara de Moura (em setembro de 1986) estava decidido a avançar para uma remodelação da Biblioteca Municipal. Passei dias a fio, nesses tempos bárbaros sem internet nem telemóveis, até localizar Maria José Moura, então bibliotecária da reitoria da Universidade de Lisboa. Falar com ela foi o primeiro passo. O segundo, e decisivo, foi ter-nos explicado, com detalhe, o âmbito do projeto. De uma remodelação conduziu-nos, firmemente - “isto faz-se assim, perceberam?” -, para uma intervenção mais profunda e radical. A nossa candidatura seria entregue em maio de 1987. Soubémos, algum tempo depois, que Moura integrava o primeiro grupo de sete municípios que, a sul, iria ter apoio. O contrato seria depois assinado e as obras iniciadas já em 1989.
No dia em que partiu, a sua missão estava bem cumprida. Nunca, até ao fim, a vi deixar de acreditar nas bibliotecas, na capacidade das novas gerações, na decisiva importância da presença da Cultura na vida dos cidadãos. Tal como nunca deixou de acreditar e de evocar o Alentejo onde quis ficar para sempre.
A Maria José Moura devo as primeiras e algumas das mais importantes lições da minha carreira de funcionário público. Mais importante, e é isso que se deve reter, o País deve imenso, ainda que possa não o saber, a Maria José Moura.
Santiago Macias
Historiador
Outubro
Mesmo no início do ano letivo, na conterência de abertura das Jornadas Internacionais da Idade Média pude apresentar a releitura dos espaços urbanos desenhados por Duarte Darmas. Parece obsessão, mas não é...
SEXTA-FEIRA, 7 DE OUTUBRO DE 2022
CASTELO DE VIDE, EM MODO DE ABERTURA
As Jornadas de Castelo de Vide deram-me a oportunidade de divulgar um projeto que agora finalizo. Coube-me a conferência de abertura (Duarte Darmas – desenhador do rei e construtor da imagem do Portugal raiano). Um momento francamente bom, revisitando outro Alentejo. Embora não tenha deixado de pensar "convidado para fazer este género de aberturas? estás a ficar velho, é o que é...".
Etiquetas: alentejo, investigaçãooutubro 6 cdvide
Novembro
Dia 10 - abriu a exposição "Thalassa! Thalassa! O mar e o Mediterrâneo na obra de Sophia de Mello Breyner Andresen". Ad augusta per angusta.
SEXTA-FEIRA, 11 DE NOVEMBRO DE 2022
DE ONTEM PARA DOMINGO...
Arranca, no próximo domingo, o 2º. ciclo de concertos "Música no Panteão", que se irá prolongar até julho de 2023.
O ciclo é dirigido pelo Prof. Paulo Amorim. Os concertos têm o apoio da Antena 2.
Entretanto, e para não se perder velocidade, abriu ontem ao público a exposição "Thalassa! Thalassa! O mar e o Mediterrâneo na obra de Sophia de Mello Breyner Andresen". 30 obras da coleção da CULTURGEST e 27 poemas de Sophia. Até 30 de abril de 2023.
Ver - https://www.panteaonacional.gov.pt/
Dezembro
Fecha-se o ano com a apresentação de um livro. Que resultou de uma iniciativa conjunta do Artis - Instituto de História da Arte da Faculdade de Letras de Lisboa e do Panteão Nacional.
QUINTA-FEIRA, 22 DE DEZEMBRO DE 2022
A PROPÓSITO DE MULHERES MECENAS
E o livro saiu. Em edição da CALEIDOSCÓPIO, e com o apoio mecenático do Banco Carregosa, da Fundação Gaudium Magnum e da Caixa Geral de Depósitos. E, bem entendido, com o patrocínio da própria DGPC. Ad augusta per angusta...
O colóquio teve lugar em novembro de 2021. Este compromisso está concluído. Foi a terceira publicação do ano. Em 2023 outras haverá.
De cima para baixo:
O livro;
Maria João Neto, alma deste projeto;
Hermenegildo Fernandes, Vítor Serrão e o autor do blogue, com a roupa militantemente desalinhadas.
Fotografias - Arlindo Homem / DGPC
quinta-feira, 29 de dezembro de 2022
MAIS CAIXA CULTURA
Resultados dos recentes vencedores de mais uma edição do Caixa Cultura. A iniciativa tem crescido de visibilidade, o que se reflete num crescente número de participantes.
https://www.cgd.pt/Institucional/Caixa-Cultura/Pages/Cx-Cultura-Vencedores-3-edicao.aspx
quarta-feira, 28 de dezembro de 2022
MÉRTOLA, 2023
terça-feira, 27 de dezembro de 2022
DE AMANHÃ A 13 DE JANEIRO
Prossegue a caminhada. A partir de amanhã, no átrio central da sede da Caixa Geral de Depósitos. Assim se vai cumprindo a missão a que nos comprometemos e que devemos levar a cabo.