As vias abertas em visitas de Estado estão a fechar-se em Marrocos e na Argélia, que poderiam ser alternativa ao arrefecimento angolano e à quebra interna do sector
Corredor de um palácio otomano no centro do Cairo, fotografado em Março de 2006.
Ena, tanta coincidência!
Deve ser isto o que se chama hard landing...
Não resisto a reproduzir esta tira sobre a peça de Tchaikovsky. Bill Watterson (n. 1958) é o autor da genial série Calvin e Hobbes. Furiosamente independente, nunca permitiu que as suas criações caissem nas garras do "merchandising". Ainda há poetas assim...
A Aigle Azur é uma companhia aérea francesa, fundada em 1946. Especializou-se, e mantem-se, nos mercados do sul da Europa e do norte de África. Tem, desde há pouco, Faro como novo destino. Vejam-se informações completas no site http://www.aigle-azur.fr.
NB: Não tive, enquanto vereador da Câmara Municipal de Moura, participação na selecção dos locais visitados/aconselhados pelos autores da reportagem, da qual não me foi dado conhecimento prévio. É, contudo, significativo ver como este olhar a partir do exterior é bem mais entusiástico e animador do que com frequência ouço nas ruas do nosso concelho...
Dá-me lírios, lírios
E rosas também.
Dá-me rosas, rosas,
E lírios também,
Crisântemos, dálias,
Violetas, e os girassóis
Acima de todas as flores...
.
Deita-me as mancheias,
Por cima da alma,
Dá-me rosas, rosas,
E lírios também...
.
Meu coração chora
Na sombra dos parques,
Não tem quem o console
Verdadeiramente,
Excepto a própria sombra dos parques
Entrando-me na alma,
Através do pranto.
Dá-me rosas, rosas,
E lírios também...
.
O primeiro poema é de Ibn Bassam (poeta de Santarém - século XI). A tradução é de António Borges Coelho e faz parte da obra Portugal na Espanha Árabe, recentemente reeditada. O segundo poema - é apenas um excerto - intitula-se Acordar e foi escrito por Fernando Pessoa/Álvaro de Campos. No meio ficam as fotografias de Robert Mapplethorpe.
Nesses ciclos, João Bénard da Costa fazia sempre uma breve e inteligente apresentação do filme que iríamos ver. Eram palavras relevantes e devo-lhe, sem a pieguice que os falecimentos sempre causam, importantes ensinamentos sobre o cinema. Confesso que a plateia, em larga maioria rapaziada das faculdades, fazia sempre uma maldade ao Dr. Bénard da Costa. Quando ele abandonava o palco do Grande Auditório a sala ficava num silêncio sepulcral. Nem umas palminhas, nada. Em contrapartida, quando o contínuo da Fundação Gulbenkian ía recolher o suporte do microfone a sala quase vinha abaixo em aplausos. Uma verdadeira ovação que, a partida de determinada altura, passou a fazer parte da praxe das sessões...
Beijos roubados é um filme de François Truffaut, de 1968. Não me recordo o que me terá levado a vê-lo, numa noite de Primavera de 1978 ou 1979, no Cine-Estúdio Lido, na Amadora. Nessa altura, os cinemas de subúrbio passavam esse género de filmes. Coisa impensável nos nossos dias.
Fiquei apaixonado pelo filme, pela saga de Antoine Doinel, que fui revendo ao longo dos anos, e, sobretudo pelo nostálgico começo do filme.
Que reste t'il de nos amours é uma criação imortal de Charles Trenet (1913-2001). Data de 1942. Mas não parece.
Página web do Museu de Mértola (projecto que apresentei à Rede Portuguesa de Museus mas que já não pude desenvolver): http://museus.cm-mertola.pt/
Na página do ateliê de arquitectura que concebeu este projecto não há qualquer referência ao Museu Paleocristão. Seguramente, para eles não foi uma coisa assim muito importante. Para o Campo Arqueológico e para mim foi.
O site do evento é http://www.canneslions.com/. O festival deste ano tem lugar entre 21 e 27 de Junho.
Um périplo pelos sites (todos americanos, oh não meu Deus! mais imperialismo...) que abaixo se indicam dão ideia da gama de produtos à venda, por preços que oscilam entre os 30 e os 60 dólares. O que quer dizer que não é coisa para todos os dias.
As duas fotografias de cima foram feitas em Argel, no Outono de 2004. A de baixo em Mértola, em 2000.
Nas margens do mar do meio o ritmo da vida é tão antigo como o mar ele mesmo. As quatro estações do ano conhecem ainda uma sequência sem alterações. Os hábitos de vida são ainda quase iguais, mas a cada ano que passa talvez um pouco menos. A carroça feérica de flores de papel em muitas cores que, à força de mula, dá voltas e mais voltas à esquina da rua Umar al-Mukhtar, em Tripoli, é a mesma, a mesmíssima, em que, há muitos anos, fui à romaria lá para os lados do Malagon, em Paymogo. As tradições morrem com lentidão mas de vez, e já ninguém se lembra que o califa al-Mustansir foi fatalmente colhido ao lidar um touro, numa noite cálida de Marrakech… As placas tectónicas separam-se, o sul e o norte também.
Aspecto do site.
Fachada da fatídica estação.
O autor da fotografia é Raymond Depardon (n. 1942), viajante infatigável. Algumas das suas deambulações levaram-no ao coração negro de África.
O programa do 5º Festival Islâmico está disponível na página web da Câmara Municipal de Mértola: www.cm-mertola.pt.