terça-feira, 15 de outubro de 2024

SÍLABA GENTIL

Sim, a loja existe.

E sem, tem este nome.

Palpita-me que é de imigrantes. Até pelo erro no painel.

Mas SÍLABA GENTIL é mesmo fora de série.




segunda-feira, 14 de outubro de 2024

PAÍS DE POETAS

A montra da Florista O Jardim, na Rua Cândido dos Reis, em Sines, tem poemas. De Al Berto, de Luiza Neto Jorge, de Matilde Rosa Araújo... Isto de sermos um país de poetas evoca-me sempre uma cena (a ideia era boa, a cena é fraquinha, como todo o enredo) de um filme português do início da década de 70, onde vemos poemas nas papeleiras.

Aqui, na florist, é bem melhor. Se a loja estivesse aberta, tinha comprado flores. Juro.




domingo, 13 de outubro de 2024

ART-DÉCO SINEENSE

De entre as (muitas) pequenas manias que tenho, uma delas é gostar, imoderadamente, de art-déco. Ontem dei com esta belíssima fachada em Sines. Que não conhecia.

De um texto de Cristina Carvalho (IHA-FLUL): A Primorosa em Sines que, apenas apresenta lettering azul geometrizado sobre fundo branco, recorre nalguns caracteres como o O, P, R e I a uma fonte desenhada em 1929 chamada Broadway,21 sendo metade pintada a cor (preto, na origem) e a outra metade branca. Aqui estamos claramente perante as suas características mais genuínas de Art Déco.

Desgraçadamente, a lente não deu para apanhar a fachada toda.


sábado, 12 de outubro de 2024

SINES, PELA TARDE

Anda-se adiando e fica para o último dia... Coisas lusitanas.

A exposição vai estar no Centro de Artes de Sines até dia 15. Foi uma bela incursão Panteão Nacional / Culturgest fora de portas. O azul do Mediterrâneo e os poemas de Sophia retomados fora de portas. Um projeto literalmente fora da caixa. E que acabou por dar outros frutos.


sexta-feira, 11 de outubro de 2024

UM POEMA DE ABDALLAH IBN WAZIR

Não desesperes de chegar a califa

Pois Ibn Amr foi nomeado inpsetor das alfândegas.

Desgraçada época em que se fazem coisas como esta

Colocar altos cargos nas mãos de um limpador de esgotos...


Este texto abre o setor de poesia do 4º. volume do "Portugal na Espnha Árabe". O livro saiu em 1975, mas estava previsto que tivesse saído antes do 25 de abril. A minha irresolúvel dúvida é: a Censura teria deixado passar?...

quinta-feira, 10 de outubro de 2024

LAWRENCE WEINER

O nome de Lawrence Weiner  (1942-2021) foi tema de uma conversa, ao final da manhã de hoje. Arte visual, palavras e a linha do Equador. Há conversas que se sabe como começaram. Ver-se-á como acabam.

quarta-feira, 9 de outubro de 2024

ADEUS, RTP2...

Acho que está claro que a nova proposta do Governo é mesmo para atirar a RTP ao tapete, certo?

E que a RTP2 é mesmo para acabar, certo?

Está tudo bem, não está?


AS DESCOBERTAS NO ÂMBITO CULTURAL DO EL CORTE INGLÉS

Foi ontem, ao fim da tarde. Uma sala completamente lotada para ouvir a explicação do "Museu das Descobertas". Ou seja, as razões de um falhanço. Correu muito melhor do que eu próprio esperava, confesso. A todos os níveis.

E fui surpreendido com a presença de um assessor da atual vereação lisboeta.



terça-feira, 8 de outubro de 2024

DUARTE DARMAS EM BEJA - 14ª.

E vão 14. A partir de dia 10 Duarte Darmas "vai estar" no Castelo de Beja. Fiquei muito contente com o contacto feito pela autarquia e lá estarei.

Creio que a 15ª "sessão" será em Oeiras.



 

segunda-feira, 7 de outubro de 2024

7.10.1969 - 55 ANOS

55 anos certos. Foi nesse dia o começo do percurso escolar. A escola era na antiga Rua da Assaboeira.

Quatro anos depois, em julho de 1973, tive direito a um diploma igual a este.


ANTÓNIO BORGES COELHO 96

TESTEMUNHO

Não é exagero dizer que a leitura de "Portugal na Espanha Árabe" moldou o meu percurso. Provavelmente, não me teria tornado historiador sem o impacto causado pelas páginas luminosas que António Borges Coelho escreveu para a 1º. e o 3º. volumes da primeira edição dessa obra. Só conheci o Borges Coelho anos mais tarde, já eu era aluno da faculdade. Infelizmente, nunca fui diretamente seu aluno. Estava de sabática, na fase final do doutoramento e tive de me contentar com uma alternativa. Em todo o caso, ele foi um dos meus professores de eleição, com o muito que me ensinou fora da sala de aulas.

O interesse de António Borges Coelho pelo Islão nunca esmoreceu, sendo depois caldeado pelas investigações sobre os Descobrimentos e, sobretudo, sobre a Inquisição, tema da sua tese de doutoramento. Isso mesmo fica claro com as sucessivas reedições de “Portugal na Espanha Árabe” e com a participação ativa nos projetos “Portugal Islâmico” (1998), “Marrocos-Portugal” (1999) e Museu Islâmico, em Mértola (2001). Uma participação solidária, empenhada e militante.

Em 1998, António Borges Coelho prefaciou “O legado islâmico em Portugal”, livro de que, em conjunto com Cláudio Tores, fui autor. Isso deu-me “pretexto” para, anos mais tarde, lhe fazer uma longa entrevista biográfica, publicada, com outros ensaios, no livro “Historiador em discurso directo” (2003), editado pela Câmara Municipal de Mértola.

Poderia repetir aqui tudo o que escrevi no parecer que a Universidade do Algarve me pediu, em 2009, no âmbito da atribuição do grau de “doutor honoris causa” a António Borges Coelho. Em especial no reconhecimento que todos lhe devemos, nos campos cívico, académico e humano.

Parabéns, neste dia do 96º. aniversário.

domingo, 6 de outubro de 2024

AMÁLIA, POR THURSTON HOPKINS

Thurston Hopkins (1913-2014) percebeu muito bem todo o dramatismo de Amália. Como lindamente se vê nesta fotografia de 1958, hoje na coleção da Caixa Geral de Depósitos.

Faz hoje 25 anos que Amália Rodrigues deixou o mundo dos vivos.

sábado, 5 de outubro de 2024

DIA DA REPÚBLICA, 2024

Dia da República no Panteão Nacional.

Assinalando o centenário da morte de Teófilo Braga (1843-1924), numa iniciativa da Câmara Municipal de Ponta Delgada. Cerimónia presidida pelo Chefe do Estado e que contou com a presença do Presidente do Governo Regional dos Açores, do Presidente da Câmara Municipal de Ponta Delgada e do Presidente do Conselho de Administração da Museus e Monumentos de Portugal.

Há dias mais "relax"..., mas tudo correu sem falhas.


sexta-feira, 4 de outubro de 2024

CAMÕES & MAPPLETHORPE

Tanto de meu estado me acho incerto,

Que em vivo ardor tremendo estou de frio;

Sem causa, juntamente choro e rio,

O mundo todo abarco, e nada aperto.


É tudo quanto sinto um desconcerto:

Da alma um fogo me sai, da vista um rio;

Agora espero, agora desconfio;

Agora desvario, agora acerto.


Estando em terra, chego ao céu voando;

Num' hora acho mil anos, e é de jeito

Que em mil anos não posso achar um' hora.


Se me pergunta alguém porque assim ando,

Respondo que não sei; porém suspeito

Que só porque vos vi, minha Senhora.


Dois épicos pela manhã. Luís de Camões (1524-1580) e Robert Mapplethorpe (1942-1989). Uns têm, outros não. Por mais que queiram. E por mais que tentem.


quinta-feira, 3 de outubro de 2024

ARMINDO CARDOSO

É um dos grandes fotógrafos do século XX. Chama-se
Armindo Cardoso e não creio que seja muito conhecido
para lá do mundo dos que gostam de fotografia. Esteve
no Chile de Allende (a imagem é de 18 de setembro
de 1971), foi um homem comprometido com os
combates políticos do seu tempo. Com talento e com
fotografias que são documentos históricos de grande
qualidade estética.

quarta-feira, 2 de outubro de 2024

OS RIDÍCULOS

6 anos, 11 meses e 10 dias depois de ter deixado funções voltei a ser acusado, na Assembleia Municipal de Moura, de uma coisa qualquer. Em quase todas as sessões a cena se repete. Como em Roma, quando o célebre Catão dizia, sempre, nos seus discursos, destruam Cartago.

Há sempre um amigo que me telefona, no dia a seguir, "olha, voltaram a atirar-se a ti na Assembleia Municipal". Quase fico amuado quando isso não acontece 😂😂😂😂😂.

Fora de brincadeiras, sinto orgulho no trabalho das equipas que integrei, entre 2005 e 2017. Quisessem eles fazer a décima parte do que nós fizemos. Conseguissem eles concretizar coisas que se vejam. O resto - as críticas, os insultos, "o Dr. Santiago Macias era isto e aquilo" etc - só me dá prazer.

O que importa? O futuro, sempre!  Quem olha só para o retrovisor normalmente estampa-se.

UM GENOCÍDIO SEM FIM

Não consigo explicar, racionalmente, porquê, mas esta sucessão de factos no Médio Oriente, causou-me, do ponto de vista emocional, um impacto sem precedentes. Talvez pelo facto de se não se ver um fim neste processo. A não ser o do continuado e selvático extermínio da população palestiniana.

Em vez de imagens recentes, fui buscar esta, mais antiga, de Larry Towell. Porque o massacre é permanente. Retrata a destrruição de uma campo de refugiados, em Jenin, em 2002. Mais de 4.000 pessoas ficaram sem casa, destruídas pelo exército israelita.

Quando falarem destas operações, nomeadamente no sul do Líbano, chamem-lhes incursões, ok? Invasões é noutros sítios...


O PROJETO DO MUSEU DAS DESCOBERTAS - dia 8 (EL CORTE INGLÉS)

Falta menos de uma semana e o texto está terminado.
É uma abordagem prática e concisa ao tema. A questão central é esta: porque falhou?


terça-feira, 1 de outubro de 2024

NO INÍCIO DO ANO ESCOLAR

Nas semanas que antecedem o começo das aulas fico sempre na dúvida: este ano quantos alunos serão? Leciono, no primeiro semestre, uma cadeira de opção, aberta a outras licenciaturas, para além da História. Em 2021/22 houve um recorde de 41 (!), no ano passado eram 17, o número mais baixo desde que regressei à Faculdade de Ciências Sociais e Humanas. Este ano são 28…

 

Nos primeiros anos, “arrancava em quarta”. Depois da apresentação do programa e da definição dos objetivos da cadeira – História do al-Andalus – iniciava as sessões, sempre às terças e quintas, sempre às 8 da manhã. Uma prática que é prática (as aulas terminam às 9.45), mas quando chego ao fim do dia o cansaço nota-se. Nos últimos dois anos – e este ano ainda de forma mais enfática – dediquei especial atenção às questões de metodologia da investigação. No fundo, como resolver na prática as questões que a investigação coloca e como se pensa, estrutura e executa um trabalho. Não são aulas exatamente “simpáticas”, mas são necessárias.

 

Questão nº 1: PLANEAMENTO. Falo-lhes sempre de Alfred Hitchcock, que gizava a produção dos seus filmes com tanto rigor, que depois achava a rodagem uma maçada… O planeamento tem de ser preciso e pensado com rigor geométrico (uma amiga em Moura dizia que eu era perfecionista e irascível, sendo que a primeira parte é exagerada e a segunda totalmente falsa). Mas não se começa um trabalho de investigação sem um plano, sem recolha de bibliografia (incluindo listagens de cotas em bibliotecas sff), sem um índice provisório do que vamos fazer, sem uma lista telefónica de colegas a quem recorrer.

 

Questão nº. 2: LOGÍSTICA E EXECUÇÃO. Tudo tem de estar preparado e, minimamente, estar previsto. “Quanto tempo vou levar em leituras?”, “de que recursos vou necessitar?”, “que impacto tem o meu trabalho?”, “como posso passar a minha mensagem?”, são questões que nos ajudam a criar uma logística interna. O improviso – “ah!, não há problema que eu desenrasco-me” –, o trabalho de terreno feito com base em meras intuições, e sem prever todas as variáveis, designadamente o que pode correr bem ou mal, é meio caminho andado para o desastre. Aconselho sempre o maior cuidado na forma de executar. E digo sempre que isso lhes será útil, quer sejam investigadores, professores ou, até, autarcas.

 

Questão nº. 3: AVALIAÇÃO E AUTO-AVALIAÇÃO. Peço sempre que sejam críticos e autocríticos. Que fujam das “inspirações” (insisto sempre que o sucesso de qualquer coisa é feito de 10% de inspiração e de 90% de transpiração), que se preparem, que fujam dos amadorismos e dos resultados de efeito fácil. Recordo-lhes sempre que o conhecimento é essencial e que uma visão global das coisas nos ajuda a perceber onde tivemos sucesso e onde falhamos.


Tenho estes, e outros princípios básicos que aqui não cabem, como essenciais numa atividade académica, profissional ou autárquica. São coisas de que alguns, por absoluta falta de conhecimento (e pela falta de vontade em aprender), por arrogância e por vaidade, se esquecem. Constato isso cada vez mais. O que é pena.


Crónica em "A Planície"




O IMIGRANTE QUE NÃO GOSTA DE IMIGRANTES

O rapaz é imigrante. É português mas não nasceu português. A questão da imigração mexe com ele, porque ele não é português.

Perceberam? OK, então têm mais sorte que eu...



segunda-feira, 30 de setembro de 2024

FANFARRA PARA OUTUBRO

Acaba setembro. O outono nota-se. Acolhamos outubro em jeito de cinema. Com a fanfarra da Century-Fox, uma inspirada ideia de Alfred Newman (1900-1970).


domingo, 29 de setembro de 2024

BORJA JIMÉNEZ E NADA MAIS...

São 19:04 de sábado (ontem) e Borja Jiménez e espera o segundo touro da tarde a porta gayola. Essa lide foi razoável, mas no quinto touro esteve a grande nível. Não houve troféu porque houve pinchazo. Uma enorme pena, porque ele estava com vontade de triunfar. E tem talento para isso.

Sevilha vale sempre a pena e a noite acabou tarde, em excelente companhia, entre a Calle Adriano, a Calle Pastor y Landero e o Paseo de Colón. 2025 está já aí...




sábado, 28 de setembro de 2024

TOPS & TOPS

Não passa um dia em que uma qualquer coisa não esteja no topo do mundo...

Um vinho de dois euros que é melhor que um de mil...

Um bairro cool.

Uma cidade desconhecida.

Uma praia onde ninguém vai.

Irra!

Quem perde tempo a inventar coisas assim??



sexta-feira, 27 de setembro de 2024

NÓS, DANIEL BLAKE

A situação está muito longe de ter os contornos de tragédia deste filme fantástico de Ken Loach, um dos maiores cineastas vivos.

Mas fez-me pensar no que isto se tornou, quando somos confrontados com a estúpida opacidade das instituições. Há 25 dias que tento contactar uma entidade estatal: o surdíssimo INSTITUTO DA MOBILIDADE E DOS TRANSPORTES. Números que não existem, mails onde não deve estar ninguém, centros de atendimento telefónico onde ficamos pendurados, funcionárias sem preparação que me dizem, com ar angelical, "ai eu nunca ouvi falar de uma coisa dessas". A situação permance por resolver (ou melhor, foi semi-resolvida, mas só graças a uma pessoa, de carne e osso, que trabalha noutra entidade). Ao longo dos próximos meses, vou recorrer ao velho esquema: mandarei cartas e mails e ficarei à espera. Porque para números de atendimento, para plataformas e para funcionárias de ar angelical, e que não têm a mínima ideia de assunto que vá para lá do corriqueiro, já tenho que chegue...

quinta-feira, 26 de setembro de 2024

TERRA FIRME

O disco é de 1987. Os Trovante tinham gravado "Terra firme". A fotografia é de António Homem Cardoso (n. 1945) e é uma das mais belas fotografias feita para a capa de um disco. Interessa-me agora ainda mais.


quarta-feira, 25 de setembro de 2024

2024-1986 = 38

São 9:00 em ponto de dia 25 de setembro de 1986. É quinta-feira. É o primeiro dia da minha carreira como funcionário público. Que continuo a ser, 38 anos passados.

Hoje, será um dia igual aos outros: uma reunião às 10, outra às 11. E preparação das iniciativas a desenvolver nos dias 5, 6, 7 e 21 de outubro. E mais as "minhas", de dias 8, 10, 15 e 18 do mesmo mês.


terça-feira, 24 de setembro de 2024

KILL THE POOR

7:35 - Estação de Benfica. Caos total. Atrasos, supressões, um folclore que se me tornou habitual. Os utentes esperam. Os utentes são, maioritariamente, de origem africana. Não pertencem, manifestamente, aos segmentos A e B...

Dou comigo a trautear o estribilho de um velho tema (1978?) dos Dead Kennedys: KILL THE POOR. Gostava dos Dead Kennedys e gostava do punk. E da rebeldia genuína daqueles grupos.

Não matam os pobres. Limitam-se a não os ver.

Fui, contrafeito, apanhar um táxi, para não chegar atrasado à aula. Na estação o caos era cada vez maior.


segunda-feira, 23 de setembro de 2024

LAUDALINO DA PONTE PACHECO

Descoberta recente (mea culpa, mea maxima culpa...), a obra de Laudalino da Ponte Pacheco (1921-1998) é, sem meias palavras, extraordinária. São milhares de fotografias feitas, ao longo de dezenas de anos, nos Açores. Não é neo-realismo, nem compromisso social (assim me parece), mas "apenas" um registo. Que é de grande beleza e que vai ser uma fonte de insubstituível informação para se estudar os Açores nos anos 60 e 70.


domingo, 22 de setembro de 2024

LXIX - CRÓNICAS OLISIPONENSES: BRUCE LEE MATUTINO

8:50: Calçada do Cascão. A "criança" seguia rua acima, acompanhado pela mãe. A qual tinha um certo ar freak-intelectual. A "criança" (seis, sete anos), ia dando patadas à Bruce Lee, nos separadores que protegem a área destinada aos peões da zona onde circulam as viaturas. Um separador, um golpe de karaté, outro separador, outro pontapé. Segue-se a "reprimenda":

- Amor não faças isso. Dás cabo dos sapatos.

Vale a pena comentar?


sábado, 21 de setembro de 2024

O MAR SEM FIM

Três dias - estes últimos - quase submerso e trabalhando na "engenharia" de um projeto que vai ser interessante, mas de difícil montagem. O mar é o tema e os protagonistas serão dois personagens importantes da História de Portugal.

O mar sem fim começa aqui. E projeta-se, por agora, no Centro de Artes de Sines.

Neither Out Far Nor In Deep

The people along the sand
All turn and look one way.
They turn their back on the land.
They look at the sea all day.

As long as it takes to pass
A ship keeps raising its hull;
The wetter ground like glass
Reflects a standing gull.

The land may vary more;
But wherever the truth may be
The water comes ashore,
And the people look at the sea.

They cannot look out far.
They cannot look in deep.
But when was that ever a bar
To any watch they keep?


Façamos o caminho, com as palavras de Robert Frost e com Der Mönch am Meer, de Caspar David Friedrich. O quadro está na Alte Nationalgalerie, em Berlim.



quarta-feira, 18 de setembro de 2024

27000000???

Há coisas difíceis de perceber. A arquitetura é banal, para ser simpático. Os interiores de um espantoso novo-riquismo. Não há nada de distintivo na "villa". Contudo, está à venda por 27.000.000 (isso, vinte e sete milhões de euros). Quem tiver e quiser que os gaste. Sobretudo, tendo em conta que a casa não vai ter vida longa...

Mas há uma coisa que não percebo mesmo: quem e como autorizou aquela construção?



terça-feira, 17 de setembro de 2024

FAUSTO GIACCONE, NA STET

Depois de amanhã, mais uma vez se vai falar de "Portugal 1975".

STET
Rua Actor António Cardoso, 12A (Arroios, Lisboa).

segunda-feira, 16 de setembro de 2024

ODEMIRA, SETEMBRO DE 1974

Um amigo fez-me chegar este extraordinário excerto do Diário do Alentejo, de setembro de 1974. Uma desavença entre o pároco de Odemira, durante as Festas da Senhora da Piedade, acabou com a Banda dos Leões (Moura) tocando o "Avante, camarada". Uma cena de filme italiano. Na Sicília, não na Lombardia, claro.

domingo, 15 de setembro de 2024

AS TRÊS FACES DE SALÚQUIA

A peça escultórica está na antiga Rua da Assaboeira, em Moura. Foi uma oferta do artista plástico Luís Camacho (1956-2024) à sua terra natal. Homenageia Salúquia, a mítica alcaideça dos tempos da Reconquista. Os motivos são solares e lunares, sobre o mármore do Alentejo. As palavras são de Almutâmide e de Luís de Camões.

Data de inauguração da escultura? Abril de 1988. Vai a caminho das quatro décadas.


sábado, 14 de setembro de 2024

3599 - pra monilhas, compadre...

Segunda e última vez que me refiro a esta treta: a maior fraude dos transportes da cidade de Lisboa. Quando queremos armar ao tecno-evoluído e depois o sistema funciona quando calha. Um dia mandei uma SMS para saber os autocarros que iam passar na paragem 2806. Eram 18:20. A resposta chegou às 19:06, já eu estava em casa. Pra monilhas, compadre...