segunda-feira, 20 de maio de 2024

CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS - PATRIMÓNIO ARQUITETÓNICO

Finalmente, está terminado este caminho. Alguns anos depois do início, fica concluído este roteiro patrimonial de 175 edifícios.

Autores? Helena Real Gomes, Hugo Brás, Sónia Bonacho, Valter Rodrigues e o dono deste blogue. Dão corpo ao projeto centenas de desenhos e de fotografias, organizadas em mais de 400 páginas.

A apresentação do projeto teve lugar esta tarde, na CULTURGEST.












A BOLSONARESA A QUE TEMOS DIREITO

Não costumo perder tempo com estas coisas. Abro uma exceção.

Jair Bolsonaro, em setembro de 2018, no Estado de Acre, proclamou era preciso "fuzilar a petralhada". Fez uma presidência deplorável.

Ontem, uma pessoa à procura de visibilidade, copiou o gesto.

Recordando Einstein: "two things are infinite: the universe and human stupidity; and I'm not sure about the universe".

domingo, 19 de maio de 2024

RÁDIO SAUDADE X 20

Já lá vão 20 semanas. A emissão de hoje foi Gal Costa.

Antes fizeram-nos companhia:

1. José Coelho
2. Amália Rodrigues
3. José Coelho
4. Nuccia Bongiovanni
5. Alberto Ribeiro
6. Pink Martini
7. Arucivetus
8. Dolores Duran
9. Heróis do Mar
10. Perez Prado
11. Lucília do Carmo
12. Luís Rendall
13. Ary dos Santos
14. Dick Farney
15. Conjunto de Oliveira Muge
16. Célia Cruz
17. Zeca Afonso
18. Milva
19. Carlos Ramos

Os "reels" que coloco nas redes sociais têm centenas de visualizações. Nada mau, sendo que as minhas expectativas iniciais eram mais para o fraco...

sábado, 18 de maio de 2024

GEOMETRIA ATLÂNTICO-MEDITERRÂNICA

Mudejarismo azulejar. Padrões, desenhos, corda-seca, arestas, de repente temos a 1.100 kms. do Mediterrâneo um ambiente que raramente encontramos aqui que estamos mais perto.

sexta-feira, 17 de maio de 2024

I 💜 BUROCRACIA: COISAS ABSOLUTAMENTE ESSENCIALÍSSIMAS

Os amantes da burocracia inconsequente fazem-me sempre lembrar um personagem-burocrata do Jô Soares. Quando iam ter com ele e reclamavam, ele pegava no papel que lhe apresentavam e dizia "do que é que tá reclamando? o papel ainda nem tá amarelo!". É mais ou menos isso.

Bom fim de semana.

 

quinta-feira, 16 de maio de 2024

MAQABIR

Está a acontecer, por estes dias, em Mértola. Volto, uma vez mais, ao ponto de partida. Com o objetivo, bem preciso, de retomar um tema de investigação. De uma vez por todas.


NA TERRA COMO NO CÉU

O peso e o valor da geometria. Entrelaçados geométricos no pavimento do futuro Museu do Romantismo e no travejamento do Convento de Santa Clara, no Funchal. As memórias do mudejarismo que aqui nos faltam, estão presentes na Madeira.


quarta-feira, 15 de maio de 2024

INFORMAR OU OCULTAR?

Um facto ocorrido na Feira de Moura - falo só do facto, não de culpas ou responsabilidade, essas têm de ser apuradas por quem de direito, não por mim - foi completamente omitido a nível local. No entanto, foi notícia a nível nacional. Em Moura, nem orgão de comunicação da terra ("A Planície"), nem a Câmara Municipal, nada de nada. Silêncio completo. Porquê?

MÁSCARA N°. 18: MONTE, FUNCHAL

Uma máscara, mascarilha. Mais uma a somar à coleção. Numa janela do futuro Museu do Romantismo.

terça-feira, 14 de maio de 2024

OS MÁRTIRES DE MARROCOS QUE ME PERSEGUEM...

Regresso a 2020. O quadro não esteve - e poderia ter estado, mas a "oferta" era muita - na exposição do Museu Nacional de Arte Antiga, inaugurada no final de 2020. Os Mártires de Marrocos ficaram, como "assombração" pessoal.

No Convento de Santa Clara, no Funchal.


segunda-feira, 13 de maio de 2024

A CERÂMICA QUE ME PERSEGUE...

O quadro é de uma oficina regional madeirense e está datado no século XVIII. Mas há duas peças de cerâmica nele representadas que são, claramente, de produção alentejana. São dois pequenos potes modelados, da mesma tipologia das peças encontradas, há mais de 40 anos, no sítio do Convento de Santa Clara, em Moura, e que, com Miguel Rego, publiquei alguns anos volvidos.

Curiosamente, este quadro está no fantástico Convento de Santa Clara, no Funchal.



domingo, 12 de maio de 2024

MOURA: questão que eu tenho comigo mesmo

Não é uma "questão", nem um "problema", apenas cito O'Neill. Ao sair da feira, esta tarde, e ao deixar Moura, pouco depois, firmou-se a certeza de que falta sempre qualquer coisa a fazer ou um sítio onde estar. E que, portanto, um dia regressarei/regressaremos. Não tanto porque imensas pessoas me perguntaram "quando volto". Mas porque um dia isso acontecerá.


sábado, 11 de maio de 2024

BÁRBARA TINOCO ♥️

Foi ontem à noite. Não conhecia Bárbara Tinoco. Não "desgostei" das músicas. Um estilo ligeiro e agradável. No meio de uma música lançou o estribilho, que repetiu várias vezes, FASCISMO NUNCA MAIS. Mainada!

Fiquei fã de Bárbara Tinoco.

sexta-feira, 10 de maio de 2024

UMA PAVEIA DE CARTÕES DE VISITA...

Cada vez que uma instituição muda de nome, de logo, de mails etc., repete-se a cena.

Voltou a acontecer. Da Direção-Geral do Património Cultural passei para  Museus e Monumentos de Portugal. Enquanto o mail antigo funcionou usei os cartões. A partir de agora, vai tudo para a reciclagem. As tipografias até esfregam as mãos.

(os cartões são pagos por mim, nada de confusões).


quinta-feira, 9 de maio de 2024

DIA DA ESPIGA

Hoje é quinta-feira da Ascensão. O Dia da Espiga. E, mesmo em Lisboa, está um dia bonito e luminoso como poucos. Dá vontade de sair para o campo. Mas aqui só para o Campo Grande ou para o Campo Pequeno.

Ouvir o Rancho de Cantadores de Aldeia Nova de São Bento leva-me um pouco "para lá".




quarta-feira, 8 de maio de 2024

PERMANENTE ILUSÃO

Talvez este jogo de ilusões seja obra de Gian Giacomo Azzolini (1723-1791). Que ele andou pela cidade é certo. A fotografia não faz justiça à ilusão ótica que se cria, em grande dimensão, e de forma bem realista.

Não foi a única surpresa de um dia intenso como poucos. Das 6.45 às 22.45, sem um minuto de pausa. Não pude deixar de pensar "caramba, isto já me faz lembrar a Câmara de Moura...". Mas aí não era ilusão.


FAUSTO GIACCONE - notas da inauguração

Casa cheia é sempre uma expressão que agrada. A inauguração deste "Fausto Giaccone - o povo no Panteão" é um dos momentos marcantes desta fase da vida do monumento. A exposição é absolutamente extraordinária. Dos pontos de vista histórico e estético.
Foi decisivo o apoio do Instituto Italiano de Cultura em Lisboa, da Câmara Municipal de Coruche e da Junta de Freguesia do Couço.
Até dia 25 de agosto.



segunda-feira, 6 de maio de 2024

MÉRTOLA, 1985

Um Factum notável, o de Eduardo Gageiro. Mais de 150 fotografias nos dois pisos do torreão nascente da Cordoaria. O 25 de abril, claro, e muito mais que isso. Retratos, muitos e excelentes, todos eles. E imagens do País, ao longo de várias décadas. Como esta, que já conhecia e de que gosto particularmente.

Já andou pelo blogue, em setembro de 2014. Escrevi na altura: "Era uma das mais belas curvas do mundo. Tenho disso a mais completa certeza. Ficava em Mértola e era assim, tal como Eduardo Gageiro a fotografou, em 1985. Aquela curva fez-me companhia intermitente, entre o verão de 1983 e a primavera de 1987. A brancura da curva desapareceu, há cerca de duas [agora são três] décadas. Uma pena, sem retorno nem remissão".


domingo, 5 de maio de 2024

DIA DE VER FOTOGRAFIA...

O que gostava mesmo era de ver uma exposição de David LaChapelle em Lisboa. Isso é que era.

Em todo o caso, hoje é dia de vadiar um pouco e de ver fotografia. E de tomar fôlego: os dias 6, 7, 8, 10, 11, 12, 13, 14, 16, 17, 18, 20, 21, 22, 24, 25 e 29 não me vão dar assim muito descanso ("isto só no privado é que se trabalha blablabla...").


sábado, 4 de maio de 2024

IL GRANDE TORINO

Faz hoje 75 anos. Um Fiat G.212 da Avio Linee Italiane chocou contra o muro oriental da basílica de Superga, a pouco mais de 12 quilómetros do antigo aeroporto de Turim. Morreram todos os que iam a bordo. Regressavam de uma deslocação a Lisboa, na festa de homenagem a Francisco Ferreira, jogador do Benfica. Uma tragédia que ficou/ficará para a história do futebol.

O Torino era a equipa invencível, com cinco vitórias consecutivas no campeonato italiano. Só voltaram a ganhar o scudetto em 1975/76. E a Taça de Itália, em 1993. Nada mais.


PLACAS TOPONÍMICAS E ESCALA SOCIAL

É uma das mais marcantes memórias da minha infância e juventude. Muitas das ruas (a maior parte? todas?) do bairro da Salúquia, em Moura, não tinham placas toponímicas destas (a conquista do azulejo, para cá do Barranco da Cerca, chegou bem depois do 25 de abril). Tenho uma memória muito nítida das placas toponímicas em zinco, pintado de preto, e com o nome das ruas "aberto" em cor branca.

Os azulejos, e as luminárias bonitas e de desenho elegante, estavam reservados ao centro da vila. Era tudo, a começar (ou a terminar) aí, uma questão de escala social.

Ver: https://ruascomhistoria.wordpress.com/2022/02/16/quem-foi-quem-na-toponimia-do-municipio-de-moura-5/




sexta-feira, 3 de maio de 2024

O LUGAR ONDE O CORAÇÃO SE ESCONDE

“O lugar onde o coração se esconde / e a mulher eterna tem a luz na fronte / fica no norte e é vila do conde”. Esta é a parte final do meu poema preferido de Ruy Belo. Todo o poema é uma sentida declaração de amor a um sítio. Lembrei-me dele, emocionadamente, ao ler, a meu respeito, esta frase simples, numa publicação no facebook, “esteve bastante tempo em Moura mas é da Amareleja”.

Fisicamente, não sou da Amareleja. Não nasci lá, nunca lá vivi, não andei lá à escola, não conheço as pequenas histórias do quotidiano, nem os detalhes das vidas e das famílias. Não foi lá o meu primeiro namoro, nem o primeiro cigarro fumado às escondidas, nem foi lá o meu primeiro beijo. A minha realidade quotidiana não foi, não é, a Amareleja. Mas está aqui, no corpo daquele que agora escreve, a genética de um sítio. A memória dos meus bisavós e a dos meus avós. Quando me perguntavam, ou perguntam, “mas a sua família, aqui na aldeia, é de onde?”, respondo, com segurança, “do Alto de Bombel”. É certo que não sou de lá. Mas aquela simples frase do meu amigo António Castelhano “esteve bastante tempo em Moura mas é da Amareleja” vale esse reconhecimento de convicta pertença emocional a um sítio.

Quando, no outro dia, vi o Grupo Coral da Sociedade Recreativa Amarelejense avançar, pela nave do Panteão Nacional, não pude deixar de pensar, sorrindo para dentro, “os meus avós haviam de gostar de ver isto”. Escrevi um dia que a Amareleja é a paixão dos fortes. Roubei a expressão ao título de um filme de John Ford, mas isso é que menos interessa. Escrevi, no início de um texto para um livro intitulado “Amareleja”: “A terra é quente, as pedras escaldam. O calor molda o espírito e ajuda a afeiçoar o vinho. É assim o verão na Amareleja. Quando chegar o outono, o calor será um pouco menos. Haverá vindimas e depois virá o frio e depois haverá vinho novo. Por agora, o céu é quase sempre azul. Entre o céu e a terra se fez a Amareleja. Entre o céu e a terra se faz o vinho da Amareleja”. Sete anos se passaram. Escreveria, de novo, as mesmas palavras. E, talvez, outras mais, agora que o tempo passou e a passagem do tempo me tornou (ainda) mais livre.

Somei, ao longo da minha vida autárquica, vitórias e derrotas, momentos doces e amargos. E ganhei pequenas condecorações. Um dia, num 15 de agosto tenso, na Amareleja, um senhor mais velho, com quem continuo a manter relação de amizade, parou para me cumprimentar e para me dizer “vê-se mesmo que o senhor gosta de estar com o povo”. Agradeci polidamente, enquanto pensei “acabo de ganhar um pouco de paz e de ficar feliz”.

Fisicamente, não sou da Amareleja. Por todas as razões que escrevi mais acima, e por outras mais que poderia acrescentar. Mas a Amareleja é um dos sítios onde o meu coração se esconde. Portanto, sou de lá, sim senhor. Senti isso, com toda a tranquilidade do mundo, enquanto vi o Grupo do Terreiro descer a Rua de São Pedro, em Alfama. Voltei ao Panteão, a passo lento, pensando “acabo de ganhar um pouco de paz e de ficar feliz”.

Crónica em "A Planície"




quinta-feira, 2 de maio de 2024

FAUSTO GIACCONE - O POVO NO PANTEÃO

Depois de "Artur Pastor - o Povo no Panteão" (em 2021), é a vez de Fausto Giaccone. Memória de uma importantíssima reportagem, feita no Ribatejo e no Alentejo, no verão de 1975. Inauguração no dia 7, às 19 horas.

Hoje, no facebook do Fausto:

Si inagura il 7 maggio a Lisbona una mia mostra personale sui giorni dell'"estate calda" dell'agosto 1975, tra Lisbona e le campagne del Ribatejo. Ci saranno alcune foto inedite sia delle occupazioni delle terre che di Lisbona. La mostra rimarrà aperta fino al 25 di agosto. Ringrazio il Panteão Nacional e l'Istituto Italiano di Cultura di Lisbona che hanno reso possibile la realizzazione di questa mostra.


quarta-feira, 1 de maio de 2024

DOZE INDOMÁVEIS PATIFES

Doze presidiários são treinados para levar a cabo missões militares de alto risco. Isto faz-me lembrar alguma coisa, mas de repente não estou a ver o quê...