sábado, 31 de dezembro de 2016

O MOMENTO LUX DA GOVERNAÇÃO SOCIALISTA

O momento Lux da governação socialista ou o chico-espertismo em todo o seu esplendor.


ERA UMA VEZ 2016

Mais um ano com poucos dias de paragem. A função a isso obriga e acho sempre que se pode ir um pouco mais além. Todos os dias, todas as semanas, todos os meses. Destaco os momentos mais relevantes de cada mês, com uma linha ténue entre o público e o privado.
Janeiro (dia 27) - É das iniciativas que mais me entusiasma. Começou este ano e chama-se UM DIA NA PRESIDÊNCIA. Jovens do concelho à descoberta dos meandros da administração autárquica.

Fevereiro (dia 5) - Há muito que não passava um Carnaval em pleno. É claro que esta fotografia deu origem a uma saraivada de críticas (falta de juízo, com essa idade, com as tuas funções etc.), entre os amigos e familiares. É claro que não liguei nenhuma. Na segunda seguinte, usei mesmo uma vistosa máscara veneziana. Mas esta farpela que a Zeza me emprestou tem mais estilo...
Para compensar, a Universidade de Évora convidou-me para um júri de doutoramento. Num ambiente bem mais formal.


Março (dia 5) - Presença na abertura da delegação concelhia da Liga Portuguesa Contra o Cancro, que ficou instalada em edifício cedido pela Câmara Municipal de Moura. A intervenção social passa por aqui. Ainda neste mês poderia destacar a inauguração da creche ou a presença numa festa mourense, na Casa do Alentejo.

Abril (dia 9) - Num mês marcado pela deslocação a Moura do Presidente da República, o destaque vai, ainda assim, para o lançamento deste livro, escrito em co-autoria com Vanessa Gaspar e com José Gonçalo Valente. Uma obra "sofrida", que resume anos de trabalho no castelo de Moura.


Maio (dia 12) - Enfim, chegou o dia da inauguração do Parque de Leilão de Gado. Um percurso longo e difícil, que assim chegou ao fim. Mais uma peça importante ao serviço do município. Poderia ainda recordar uma significativa ida à Suiça, a abertura do centro de canoagem na Estrela e a deslocação ao Novo México. Mas o grande impacto foi mesmo este arranque da feira. Porque é fundamental fechar dossiês.


Junho (dia 3) - A Câmara Municipal de Moura foi distinguida pela Associação Portuguesa de Museologia. Qual o motivo? O interesse da exposição "Água - património de Moura", que recebeu meses depois o prémio Mais Património, da revista "Mais Alentejo".

Julho (dia 30) - Um ano depois da abertura ao público da exposição "Água - património de Moura" foi lançado um CD com a Valsa da Água Castello, peça composta por Alfredo Keil. Um momento importante na vida cultural do Município. Outro momento alto do mês? A fotografia, a convite deles, com a Comissão de Festas de Nossa Senhora do Carmo.


Agosto (dia 13) - Viagem blitz a Bayonne, para acompanhar o Real Grupo de Forcados Amadores de Moura. O triunfo do grupo foi muito importante, demonstrando que está entre os melhores. Do ponto de vista pessoal, tocou-me o modo fraterno como me trataram e o convívio que proporcionaram (que se estendeu ao dia seguinte, num memorável jantar, na Amareleja).

Setembro (dia 16) - Conclusão dos trabalhos de reabilitação na igreja de Santo Amador. O património não se mede aos palmos, e tinha-se assumido o compromisso de apoiar a paróquia nesta intervenção. Assim se fez, cumprindo a palavra dada.

Outubro (dia 22) - O XII Campeonato do Mundo de pesca ao achigã em embarcação realizou-se em Moura. Um ambiente festivo rodeou o evento, que marcou de forma positiva o calendário do concelho.

Novembro (dia 25) - Assinatura do contrato referente à nova fase de vida do antigo Campo Maria Vitória. Quase término de um processo complexo, ao qual não foi alheio uma pequena e pouco qualificada polémica. Ficaram-me gravadas algumas frases e expressões curiosas... As obras começam dentro de dias.

Entretanto, a representação institucional da Câmara Municipal continuou. O apoio dado pela Embaixada da Argélia a uma das nossas iniciativas esteve na ordem do dia.
Em Lisboa, com Fatiha Selmane, Embaixadora da Argélia.


Dezembro (dia 18) - Inauguração das obras da Ribeira da Perna Seca, no Sobral da Adiça. Os trabalhos ficaram concluídos 19 anos, 1 mês e 13 dias depois das cheias que levaram à realização do projeto. Um processo traumático, no qual a Câmara Municipal só pode contar consigo e com a boa vontade dos sobralenses. Um dossiê exemplar para a história das relações Poder Local / Poder Central.

sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

A PROPÓSITO DE BETONEIRAS

David Batchelor’s outlining of a encrusted, time-worn concrete mixer with garish green neon transforms a utilitarian object into a magical thing, highlighting its shapely form and drawing attention to its battered material form. Green Pimp, from 2006, also captures something of Blackpool itself in its combination of the earthy and the glamorous. It also reminds us of the labouring bodies and industrial machinery that typified the working worlds  of the places from which millions of tourists flocked to the resort in search of thrills and glitter.

in http://www.lightresearch.mmu.ac.uk/author/tim_edensor


A chegada de equipamentos à Câmara de Moura (e a compilação que ontem comecei a preparar) levou-me a esta obra de David Batchelor (n. 1955). Mais uma vez, a ligação entre o quotidiano e a sua transformação. A técnica no quotidiano que nos rodeia. Recordando Álvaro de Campos: "Sou um técnico, mas tenho técnica só dentro da técnica. / Fora disso sou doido, com todo o direito a sê-lo". 

Lisbon Revisited (1923)


NÃO: Não quero nada. 
Já disse que não quero nada.

Não me venham com conclusões! 
A única conclusão é morrer. 

Não me tragam estéticas! 
Não me falem em moral! 

Tirem-me daqui a metafísica! 
Não me apregoem sistemas completos, não me enfileirem conquistas 
Das ciências (das ciências, Deus meu, das ciências!) — 
Das ciências, das artes, da civilização moderna! 

Que mal fiz eu aos deuses todos? 

Se têm a verdade, guardem-na! 

Sou um técnico, mas tenho técnica só dentro da técnica. 
Fora disso sou doido, com todo o direito a sê-lo. 
Com todo o direito a sê-lo, ouviram? 

Não me macem, por amor de Deus! 

Queriam-me casado, fútil, quotidiano e tributável? 
Queriam-me o contrário disto, o contrário de qualquer coisa? 
Se eu fosse outra pessoa, fazia-lhes, a todos, a vontade. 
Assim, como sou, tenham paciência! 
Vão para o diabo sem mim, 
Ou deixem-me ir sozinho para o diabo! 
Para que havemos de ir juntos? 

Não me peguem no braço! 
Não gosto que me peguem no braço. Quero ser sozinho. 
Já disse que sou sozinho! 
Ah, que maçada quererem que eu seja da companhia! 

Ó céu azul — o mesmo da minha infância — 
Eterna verdade vazia e perfeita! 
Ó macio Tejo ancestral e mudo, 
Pequena verdade onde o céu se reflete! 
Ó mágoa revisitada, Lisboa de outrora de hoje! 
Nada me dais, nada me tirais, nada sois que eu me sinta. 

Deixem-me em paz! Não tardo, que eu nunca tardo... 
E enquanto tarda o Abismo e o Silêncio quero estar sozinho!

(Álvaro de Campos)

quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

E MAIS ALGUNS EQUIPAMENTOS

Desde o início do mandato, o total de investimentos na aquisição de equipamentos é de 575.000 euros.

Este mês de dezembro tem sido de intensa renovação. Chegaram quatro novas viaturas, que representam aquisições de cerca de 300.000 euros.



Uma mini retroescavadora:




Um autocarro de 35 lugares:




Uma viatura de apoio ao setor operacional:





Uma viatura ligeira:




Em 2017 iremos concretizar mais aquisições, no sentido de continuar a renovar a frota de viaturas da Câmara Municipal de Moura.

A FESTA DO "AVANTE!" FAZ BEM À SAÚDE

Faz mesmo! O dia 4 de setembro foi o dia em que mais andei: 11,4 kms. Um  desassossego de idas e vindas no recinto da Festa. Não sei se os pulos depois do comício também contam... Acho que sim.


quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

EXPOSIÇÃO: COMECEMOS PELO TÍTULO...


O almoço devia ter sido na Versailles, um sítio potencialmente traumático, do ponto de vista político. Acabámos por ir ao Rei da Pescada, comer escalopes de novilho... Se o sítio é bom, melhor ainda foi a conversa, em torno do meio universitário, da investigação, da política, da programação cultural e, sobretudo da fotografia. O meu interlocutor lançou a ideia de se montar uma exposição em Lisboa, com as fotografias que fui fazendo ao longo dos anos (sobretudo a partir de 1998), um pouco por toda a parte. 

Deixei-lhe um monte de ampliações, de vários sítios (Alemanha, Itália, França, Espanha, Líbia, Mali, Egito, Síria, Estados Unidos, Marrocos, Argélia etc.), resultado de idas e vindas profissionais. Ainda não há sítio, nem financiamento. Há um primeiro título e há, sobretudo, vontade. Que é a peça fundamental em tudo.


Fotografia no castelo de Moura, no verão de 2002. Uma árvore, vista ao longe, através de um buraco numa parede. No verão de 2002 retomei os trabalhos arqueológicos naquele sítio, interrompidos em 1990. O que se seguiu a partir daí estava muito longe de quaisquer cogitações minhas. O futuro tem esta característica. É sempre inesperado, como diria Lili Caneças...

terça-feira, 27 de dezembro de 2016

QUAL A MOURA QUE QUEREMOS? - nº 3

A pergunta que lancei há semanas foi: que Moura queremos? estamos dispostos a investir tempo e dinheiro numa outra imagem de cidade? Repito o que há semanas escrevi algures: governar implica determinação, a procura de soluções e coragem. Não se anda ao sabor das marés nem ao jeito do vento que sopra. O tempo dirá quem tem razão. E o tempo, também, separará o trigo do joio. O que se tem tentado fazer implica conhecimento e não apenas opiniões. É tão simples quanto isso.


As várias intervenções que tiveram na antiga Zona Industrial dizem bem da nossa preocupação quanto às condições de trabalho das empresas ali instaladas. Houve quem falasse e idealizasse. Nós passámos à prática.


Custo da intervenção na Zona Industrial - 867.455,79 €
Financiamento FEDER - 736.350,44  (85 %)
Financiamento Câmara Municipal de Moura - 131.105,35  (15 %)

Os loteamentos A e B da UP 1 correspondem às duas primeiras fases da zona industrial da cidade, que começou a tomar forma há mais de 30 anos. Parte das obras de urbanização necessitava ser revista e melhorada, pelo que foi desenvolvido um projeto de melhoramento global de infraestruturas (passeios, pavimentos, redes eléctricas e de comunicações) permitirão dar um novo fôlego a este espaço e concluir outras obras de urbanização que estavam por executar.    


Queremos a nossa terra assim?




Ou será que estava melhor assim?