terça-feira, 3 de maio de 2016

UMA CIDADE E O SEU MUSEU: 19/20 - ARGEL

Penúltimo museu desta série de 20. O Musée national des antiquités et des arts islamiques é o mais antigo de África... Está numa cidade de que gosto particularmente. Onde várias vezes me perdi. A última passagem por Argel foi em abril de 2012. Houve uma conferência no museu, onde a minha exposição Mértola - último porto do Mediterrâneo foi (muito bem) montada e apresentada.

Tenho pena de nunca ter podido estudar o passado cristão da Argélia. A complexa situação do país leva a que temas como esse sejam relegados para um secundaríssimo plano. Estão, por isso, insuficientemente estudados os vestígios da Alta Idade Média. É certo que investigadores como Gsell ou Février se debruçaram sobre o tema. Mas sempre de forma demasiado rápida. A tese de Isabelle Gui podia ter aberto caminhos. Tal não sucedeu. Na primavera de 2012, percorri melancolicamente as salas do museu, com mais perguntas que respostas. Não consegui arranjar cópia dum baixo-relevo com um falcoeiro, estudado por Marçais em 1934. Uma peça de grande beleza e que merecia bem ser retomada.

Talvez esteja na altura de tentar um pretexto para regressar (v. aqui). Para voltar à casbah e para uma nova incursão a Tipasa, onde não regressei depois de 1999.

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