quinta-feira, 3 de novembro de 2011

MUROS

Sem cuidado nenhum, sem respeito nem pesar,
ergueram à minha volta altos muros de pedra.

E agora aqui estou, em desespero, sem pensar
noutra coisa: o infortúnio me depreda.

E eu que tinha tanta coisa por fazer lá fora!
Quando os ergueram, mal notei os muros, esses.

Não ouvi voz de pedreiro, um ruído que fora.
Isolaram-me do mundo sem que eu percebesse.

Konstantinos Kaváfis
Tradução de Joaquim Manuel Magalhães e Nikos Pratsinis

5 comentários:

Anónimo disse...

Podia ser em qualquer parte do mundo, mas é de Moura e tem milhares de histórias para contar. Sempre que passo por ali, a imaginação vôa!

LA

Anónimo disse...

Oh!!
Mas essa parede precisa de uma pinturaaa...está indecente!

Anónimo disse...

"Edifício dos Quartéis (arranjos exteriores) – obra adjudicada"
Está parada ou não esta obra ?
Arrancou com muita força em tempos de votações.Quanto a mim penso que irá de novo 'arrancar' nas próximas autárquicas

Santiago Macias disse...

Para o anónimo das 21.57:
Não é assim que trabalhamos.
A obra está parada porque a empresa faliu e foi necessário tratar da documentação para tomar posse do que é nosso. É assim a sagrada burocracia...
Está a ser preparado novo concurso para conclusão da intervenção.

Anónimo disse...

"Edificio dos Quartéis"
Se é assim, peço desculpa, e obrigado pela informação.
Desejo mais sorte na próxima escolha da 2° empresa.
Obrigado pelo 'post' e pela explicação. Gostei.