sexta-feira, 5 de julho de 2013

ALEXANDER NEVSKY

É perto do fim do filme. As tropas de Alexander Nevsky derrotam os teutões. Eisenstein roda o filme depois da experiência traumática de O prado de Bezhin - censurado pelos beatos da nomenklatura porque não tinha ideias claras sobre a luta de classes... -, em pleno fervor anti-nazi. O pacto Ribbentrop-Molotov levou a que Alexander Nevsky fosse temporariamente retirado de circulação.

Não é, formalmente, o filme mais radical de Eisenstein. Mas tem a luminosidade nórdica, a matemática dos enquadramentos, tem Prokofiev e tem Eduard Tisse, do qual pouco se fala hoje porque não era americano.

Não é por ironia que, nestes dias em que no Alentejo se sofrem temperaturas saarianas, que se escolhe um filme que termina com uma batalha sobre um lago gelado. É porque o filme fala de patriotismo. Alexander Nevsky, de 1938, é a minha escolha de hoje.


Sem comentários: