quinta-feira, 4 de outubro de 2018

PULP FICTION À MODA DE MOURA...

O regresso à vida civil foi compensado com um conjunto de trabalhos - uns programados, outros completamente inesperados -, que me ocupam o tempo. E, que, curiosamente, me têm dado outro tempo para viver Moura de outro modo. Menos presente, menos intenso, mas não com menos prazer. Pelo meio, ficam referências da atual equipa autárquica, quase obsessivas, ao meu trabalho e ao meu estilo de atuação enquanto vereador e enquanto presidente da câmara. Na ata da Assembleia Municipal de junho leio coisas divertidas. A saber:

Do Presidente da Câmara, sr. Álvaro Azedo:

"em fevereiro de 2015, bati à porta do senhor Santiago Macias [sic] e tive que lhe dizer, senhor Presidente nós não aguentamos, porque vocês não nos estão a pagar, se os senhores não nos conseguirem pagar, nós vamos ter que declinar os acordos que temos assinados com a Câmara Municipal de Moura, porque não podemos estar a meter dinheiro da junta de freguesia para pagar despesas com a atividade que nos é delegada. O que é certo é que depois se fez um plano de pagamento e o doutor Santiago Macias lá começou a pagar [sic]".

Do Chefe de Gabinete do Presidente da Câmara, sr. Rui Apolinário:

"era necessário recordar que se veio de um mandato em que o Presidente da Câmara [o autor deste blogue] dividiu o mundo entre preparados e impreparados, em que vigorava a sua opinião e que ao arrepio da legalidade fez a Câmara Municipal de Moura cumprir decisões ilegais [sic]".

Pergunto-me se já terão feito a participação ao Ministério Público. Ou se estará no mesmo caixote da célebre auditoria, anunciada com estrondo há quase uma ano?

Dizia o Dr. Sá Carneiro que as "desculpas" com antecessores só têm seis meses de validade. Parece que há quem faça disso modo de vida.

Fico um pouco assim, como o Travolta, mas podem continuar.

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