O tema foi aflorado ontem, no encontro que decorreu no Convento do Carmo, em Lisboa. Os enterramentos ad sanctos foram prática corrente na Antiguidade Tardia. Procurava-se, expressamente, a proximidade dos túmulos dos santos, como forma de proteção na vida eterna. Trabalhei bastante essa área, em tempos. Retorno a ela, com regularidade. Um dos aspetos que mais me interessou, e interessa, é o dos paralelos entre o Cristianismo e o Islamismo. A prática dos enterramentos junto aos homens santos não se praticou apenas entre os cristãos. O mausoléu de Side Boumedienne, em Tlemcen, tem o solo cheio de sepulturas. Tal como o mausoléu de Sidi Ahmed Ben Mansour, em Arzila.
Em Portugal, julgo ter identificado prática idêntica. A anormal concentração de sepulturas (com sobreposições que chegam a cinco níveis) num setor da necrópole islâmica do Rossio do Carmo, em Mértola, parece-me justificada pela santificação de um ustrinum (zona de incineração) de um cemitério mais antigo.
Retomo velhos temas. Uma vez e outra.
Em Portugal, julgo ter identificado prática idêntica. A anormal concentração de sepulturas (com sobreposições que chegam a cinco níveis) num setor da necrópole islâmica do Rossio do Carmo, em Mértola, parece-me justificada pela santificação de um ustrinum (zona de incineração) de um cemitério mais antigo.
Retomo velhos temas. Uma vez e outra.
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