sábado, 19 de dezembro de 2020

STARDUST MEMORIES Nº. 44: BOEING 727

Foram duas vezes de 727. Primeiro Marselha-Argel (com o transbordo atrasadíssimo e o pessoal de terra da Air Algérie empurrando-nos corredores fora vite, vite, vite), uma semana mais tarde Argel-Barcelona (com 14 controlos policiais no aeroporto, uma mais-que-intrusiva revista corporal à entrada da porta traseira do avião e uma aterragem duríssima em El Prat, que me fez perder os meus óculos escuros graduados).

O aparelho que nos levou a Argel tinha a bonita idade de 28 anos (vi no painel da Boeing, à entrada, porque o forro do teto estava descarnado). O teto era assim, alto como o da fotografia. E fumava-se dentro do avião. A viagem tinha ingredientes enervantes - o ambiente era ainda pesado no País e "aquilo prometia" -, pelo aproveitámos para fumar todo o santo voo.

Ah, e não havia lugares marcados. Quando o chefe de cabine se apercebeu que havia um trio lusitano, que estava a viajar junto, correu com um pobre coitado do lugar, mandando-o para outro sítio sem cerimónia e fazendo depois um gesto largo e gentil "vos places, messieurs, madame".

Já lá vão 20 anos.








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