Uma peça do Laos, do princípio do século XX. Está na Casa da Ásia - Coleeçao Francisco Capelo. O entramado geométrico faz lembrar o padrão das cerâmicas berberes e as mantas da região de Mértola. O meu amigo Cláudio Torres dava-nos, nas aulas (1983... 1984...) uma interessante perspetiva teórica sobre os modos de produção e o seu reflexo nas artes tradicionais. Infelizmente, nunca passou à escrita essas estimulantes ideias.
sexta-feira, 12 de dezembro de 2025
quinta-feira, 11 de dezembro de 2025
GREVE GERAL
A pichagem da GREVE GERAL, fotografada às 18:01 de dia 4 de dezembro, remete para as letras do cartaz da primeira greve geral, a de 12.2.1982 (foi no meu primeiro ano de faculdade e lembro-me bem do impacto que teve...).
Vivam os direitos dos trabalhadores.
quarta-feira, 10 de dezembro de 2025
MERCOLEDÌ DI LERENO
A iniciativa da Embaixada de Itália recupera a memória das sessões de outrora, realizadas naquele mesmo local (o fantástico Palácio dos Condes de Pombeiro) e dinamizadas por Domingos Caldas Barbosa (Lereno Selinuntino).
Ao longo de seis quartas-feiras assim foi. Os convidados são "desafiados" a participar ativamente. Ontem (a quarta foi à terça, excecionalmente) coube-me "atuar". Apresentei uma obra quase esquecida do escultor italiano Quirino Ruggeri, que se encontra numa ilha tropical e que deve ser uma das últimas obras mussolinianas ainda existentes.
terça-feira, 9 de dezembro de 2025
O BANDO DOS QUATRO
Eram uma vez um francês, um italiano, um norte-americano e um iraniano. Parece o começo de uma daquelas anedotas, mas não é. Estes quatro senhores são os únicos que ganharam os mais prestigiados prémios do Cinema: Leão de Ouro (Veneza), Urso de Ouro (Berlim) e Palma de Ouro (Cannes). Quando e com que filmes?
Henri-Georges Clouzot (1907-1977):
Manon (1949) - Veneza
O salário do medo (1953) - Berlim e Cannes
Michelangelo Antonioni (1912-2007)
A noite (1961) - Berlim
Deserto vermelho (1964) - Veneza
História de um fotógrafo (1967) - Cannes
Robert Altman (1925-2006)
M.A.S.H. (1970) - Cannes
Bufallo Bill e os índios (1976) - Berlim
Short cuts (1983) - Veneza
Jafar Panahi (n. 1960)
O círculo (2000) - Veneza
Taxi (2015) - Berlim
Foi só um acidente (2025) - Cannes
Pela parte que me toca, sou um convicto altmaniano! Embora "Foi só um acidente", ontem visto, seja poderoso.
segunda-feira, 8 de dezembro de 2025
QUASE NA IDADE ADULTA
O blogue existe há 17 anos (!). A partir de janeiro mudarei o registo.
Hoje é dia de continuar e de preparar a semana.
domingo, 7 de dezembro de 2025
MARTIN PARR (1952-2025)
Martin Parr faleceu ontem. Sem disso saber, escolhi uma das suas fotografias para ilustrar um texto meu.
Volto a Parr, ao seu maravilhoso sentido da cor e ao seu olhar sardónico sobre os britânicos.
O MELHOR VINHO DO MUNDO
Tem-se tornado quase fastidiosa a chuva de melhores disto e melhores daquilo: a melhor praia, a melhor bica, o melhor pastel de natal, a melhor marisqueira, o melhor por do sol, o melhor trail etc. Um pesadelo de coisas melhores.
Fui, há meses, a uma cidade muito conhecida, um pouco longe daqui. No regresso “foste ao sítio tal? E ao bar xis?” E eu não, nem a um nem a outro, sou pouco de andar em rebanho. E isto agrava-se com a idade.
Qual é o melhor vinho do mundo?, eis a questão. Há vinhos astronomicamente caros, isso sim. Uma garrafa de Romanée-Conti, de 1945, foi vendida por 480.000 euros; uma garrafa do norte-americano Screaming Eagle, de 1992, chegou aos 455.000 euros. Preços obscenos. Ao pé deles, o Barca Velha a 900 euros quase parece uma coisa de saldos.
Não sou grande bebedor – embora já tenha dado jeito a algumas pessoas dizer o contrário… - e também não sou um conhecedor. Gosto dos vinhos de Penedès, dos alentejanos, dos da Beira Interior, dos durienses, dos californianos, de alguns exotismos madeirenses e açorianos e por aí se fica a minha geografia…
Vem isto a propósito do mais extraordinário vinho que bebi até hoje. Fui há muitos anos, mais de 30, na Corte Azinha, uns cinco quilómetros a nordeste da Corte do Pinto, no concelho de Mértola. Várias vezes me tenho perguntado o que esperávamos encontrar, o Miguel Rego e eu, na Corte Azinha. Era inverno e o dia estava frio. A pessoa com quem fomos falar – porque teria informações sobre sítios arqueológicos, mas afinal não tinha nada por aí além... – recebeu-nos com calorosa cordialidade. Era um “homem do campo”. Parecia-me muito velho mas, provavelmente, seria mais novo do que eu sou hoje. Não me lembro da face, mas recordo-me que era magro, morenamente mediterrânico e, porque é que lembro disto?, usava chapéu. Convidou-nos a entrar e fez questão de nos oferecer um copo de vinho. Foi buscar um garrafão, sim!, à maneira antiga, e encheu-nos os copos com a delicadeza e a cerimónia de quem está a servir um Romanée-Conti. Do vinho recordo-me com nitidez, sim, lembro-me do tom carrascão, de marcada rudeza. Mas a simpatia e a boa vontade em nos ajudar fez com que aquele vinho simples se transformasse no melhor dos nectares. A conversa continuou, mansamente, às vezes com poucas palavras, com o gosto de falar de coisas da vida, com o vinho a temperar a manhã fria. Da arqueologia pouco se adiantou, mas o calor do vinho chegou-nos à alma. Tenho-me lembrado muitas vezes desses momentos.
Falei há dias com o
Miguel sobre esta nossa improvável expedição. Os anos vão passando e, com
firmeza, se me vai vincando a certeza de que aquele foi o melhor vinho que já
bebi. Não me falem em castas, nem em “frutados”, nem em “finais prolongados”. Sem
o calor humano não há vinhos que valham a pena. Aquele vinho, um pouco áspero,
foi o melhor vinho do mundo. Continua, pelo fator e pelo calor humanos, a sê-lo.
Até hoje.
A crónica saiu em "A Planície". A fotografia data de 1999 e é de Martin Parr. Intitula-se Reines de la Nuit (sipping wine). É a melhor fotografia de alguém a beber um copo de vinho.
sábado, 6 de dezembro de 2025
O CADUM, O ROLEX E A TROTINETA
Em Portugal, quase tudo tem um toque revisteiro ou de farsa.
Recordo um episódio do início dos anos 70. Houve um assalto a uma igreja em Lisboa (na Sé Catedral, se não me falha a memória). Roubaram a caixa das esmolas. À saída, lavaram as mãos na pia da água benta com sabonete Cadum. Nem numa comédia de Mario Monicelli se imagina algo assim.
Há seis meses (foi em 6 de junho) assaltaram uma ourivesaria e fugiram numa trotineta. Até hoje.
sexta-feira, 5 de dezembro de 2025
SOMOZA
Faz hoje um século que nasceu um dos mais completos facínoras da América Central, Anastacio Somoza Debayle (1925-1980).
Somoza, que era presidente e filho e irmão de ex-presidentes, tinha o apoio dos norte-americanos. Até ao dia em um dos elementos da sua Guarda Nacional assassinou, a sangue frio, um jornalista da cadeia ABC. O acontecimento, ocorrido em 20.6.1979, foi filmado e difundido em todo o mundo. Anastacio Somoza durou menos de um mês no poder. Os sandinistas não lhe perdoaram e foram atrás dele. No dia 20 de setembro de 1980, em Asunción, no Paraguai, atacaram o carro com bazucas. O primeiro tiro falhou, o segundo acertou. Não sobrou grande coisa...
quinta-feira, 4 de dezembro de 2025
COR NUM DIA CINZENTO
quarta-feira, 3 de dezembro de 2025
MÁSCARA Nº. 31: LISBOA
Aqui bem perto (270 metros, em linha reta, a partir do Panteão), na Rua Leite de Vasconcelos. Uma máscara algo sínica.
terça-feira, 2 de dezembro de 2025
NO LIVRO SOBRE O PARTIDO DOS FACHOS
Uma amiga da Coimbra telefona-me "então és citado no livro sobre o partido dos fachos?". Pois não fazia a mínima ideia. Mandou-me um fotografia. O texto tem um par de incorreções (y como no?, diz-se em Espanha...), a começar pelo facto de a pessoa que migrou para o Chega ter sido "assessora dos vereadores". Nunca foi tal. Dava apoio administrativo a quem secretariava as reuniões de câmara. Algo de muito diferente.
"não gostou da gestão do sucessor, Santiago Macias", leio no livro. Fiquei feliz com o desgosto.
"Por dentro do Chega" é um livro de Miguel Carvalho. Para ser lido dentro de dias.
segunda-feira, 1 de dezembro de 2025
LXXIV - CRÓNICAS OLISIPONENSES: NA CIDADE DOURADA
Há várias coisas que nunca percebi num célebre (e muito bom) filme de Alain Tanner. Uma delas é o título... A imagem mais forte que tenho de Lisboa é a cor dourada. Um amarelo ouro e palha que se vê ao final do dia. Uma amiga que hoje foi para norte mandou-me esta fotografia, dizendo ter sido a mais bela descolagem de sempre. Há momentos assim. E recordo este mesmo tom, num final de tarde da primavera de 1992, ao chegar de Roma. Que não é menos dourada, diga-se.
domingo, 30 de novembro de 2025
SOBRE A LUZ BRANCA DAS ESTEVAS
Nos campos de Mértola II
Sobre a luz branca das estevas
corre o silêncio quebrado
pelo voo das aves
e o sopro do pulsar da terra.
Flores brancas roxas amarelas
cobrem as raízes dos chaparros
enfeitavam
os lenços
das camponesas
teciam os mantos
das santas e das deusas.
De colina em colina
de brejo em brejo
aspirando o aroma das estevas
procuras o quê?
aloendros vermelhos?
De repente os olhos caem
na fenda do rio.
Está lá baixo
quieto vivo
um retângulo de água
num tabuleiro de pedra.
Esquálidas de sede
amendoeiras descem a encosta
mas as raízes ficam presas no xisto.
As casas os muros as torres
estremecem na água
À noite chegam as vozes dos astros
no silencio dos mortos e dos vivos.
Foi este o poema que António Borges Coelho me dedicou, no livro editado em agosto deste ano. Seria o derradeiro.
A dedicatória é, para mim, uma pequena-grande condecoração.
.
sábado, 29 de novembro de 2025
EM MIRANDÊS NOS ENTENDEMOS
É uma proposta um pouco "improvável"? Admito que sim. Mas a verdade é que nunca gostei das coisas "prováveis".
O reconhecimento da língua mirandesa está na Lei n.º 7/99 de 29 de janeiro. Cumpra-se, portanto, a lei. É por isso que o folheto do Panteão Nacional está também disponível em mirandês. Veja-se este excerto:
sexta-feira, 28 de novembro de 2025
MESQUITA CENTRAL
Aula de segunda-feira, dia 24, na mesquita central de Lisboa. Um pouco antes da quarta oração do dia Com o particular privilégio de ter como guia o bem humorado e cordialíssimo sheik David Munir. Poucos alunos, cerca de 50% dos que costumam ir às aulas. Eis algo que me intriga profundamente. Nao temos de estar fechados nas salas? Certo. Devemos escapar à lógica de debitar matéria? Ainda mais certo. Então...
quinta-feira, 27 de novembro de 2025
CAMÕES
Dar visibilidade a uma peça quase "invisível". A tapeçaria encontra-se, normalmente, numa zona de acesso restrito de Caixa Geral de Depósitos. Vai agora ser vista, no Panteão Nacional, por milhares de pessoas (estimamos entre 30 a 35.000). Celebremos Camões e celebremos a Arte de José de Guimarães.
quarta-feira, 26 de novembro de 2025
BRYAN PYNTO
Olhei para a fotografia pensando "isto faz-me lembrar qualquer coisa... mas o quê?". Ao fim de um minutos, as sinapses estalaram os dedos e lembraram-se de uma capa de um disco de 1977...
Os cartazes de rua do candidato fazem lembrar uma versão loja-dos-300 de um velho disco de Bryan Ferry.
terça-feira, 25 de novembro de 2025
AS PORTAS QUE ABRIL ABRIU
O que muitos deles queriam mesmo, mesmo, era o Dia da Raça. Isso é que era... Mas, por muitas voltas que o mundial dê, isso já não volta!
segunda-feira, 24 de novembro de 2025
JERASH
O sítio da fotografia fica a 4.103 kms. do local onde me encontro. Quando estive em Jerash, há muitos anos, convenci-me que Roma se torna mais esplendorosa quanto mais para oriente caminhamos.
Jerash fará parte - não com esta imagem - de um livro há muito prometido (a mim mesmo) e que agora, finalmente, avança.
Viva Roma!
domingo, 23 de novembro de 2025
A VIAGEM DE GARRETT
Uma sessão notável, de Victor Caetano, com dramaturgia de Gisela Cañamero. Almeida Garrett andou pelo coro baixo do Panteão Nacional. Entre as Viagens na minha terra e Shakespeare se construiu um percurso original.
Última sessão no próximo domingo.
sábado, 22 de novembro de 2025
PAVILHÃO DAS CANCELINHAS - 10 ANOS
Este sítio foi, há dias, tema de conversa.
A inauguração, na Amareleja, teve lugar há 10 anos, precisamente. Um dia inesquecível. As centenas de pessoas que encheram o pavilhão deram-me ânimo para continuar com um ritmo de trabalho que era/foi intenso.
Tal como intensa tem sido a utilização do sítio.
Na fotografia, da esquerda para a direita: José Pós-de-Mina (Presidente da Câmara 1997-2013), eu, Manuel Ramalho (Presidente da Junta 2001-2009) e Victor Mestre (autor do projeto).
Uma década volvida tenho a certeza que, ao avançar, tomámos a decisão certa. E continuo com a convicção que o projeto deveria ter prosseguido e sido concluído.
sexta-feira, 21 de novembro de 2025
PIO XII
Digitalizações em curso.
Não tenho a data precisa desta fotografia, mas o negativo é, certamente, de final de junho de 2009.
A representação de Pio XII parece-me quase fantasmagórica. É um trabalho do escultor Francesco Messina (1900-1995) e está no Vaticano.
quinta-feira, 20 de novembro de 2025
FRANCO (1892-1975)
O franquismo, na sua tremenda violência, foi muito mais longe do que o salazarismo. E deixou marcas mais fundas. A todos os níveis.
Estava em Madrid quando o carro de Carrero Blanco foi pelos ares. Lembro-me da agonia de Franco. E tenho uma ideia, mais difusa, do patético comício de 1 de outubro de 1975.
Na infância, olhava para a moeda de uma peseta com que ia comprar cromos à tienda ao fundo da Calle Calvo Sotelo, intrigando-me aquela do "caudillo de España por la gracia de Dios"...
Depois da sua morte, os ultras continuaram a marcar presença. A marca do saudosismo - a que o bronco CHEGA dá por cá expressão - teve em Espanha outros registos: a Fuerza Nueva e, noutro estilo, o PP. E, agora, o VOX.
Uma coisa é certa: o passado nunca regressa da mesma forma.
terça-feira, 18 de novembro de 2025
FICHAS TÉCNICAS
Podia ser pior...
É uma das minhas manias inofensivas: fotografar as fichas técnicas das exposições e dos museus. Ante o olhar sempre um pouco desconfiado dos meus alunos, explico sempre que é uma das formas de recolher informações: quem faz, quem são os técnicos, quais são as empresas, quem trata disto e daquilo. Ainda na semana passada repeti o gesto. Mais uma vez recolhi dados de interesse.
segunda-feira, 17 de novembro de 2025
VIVA O PAVILHÃO DAS CANCELINHAS!
Fizeram-me chegar esta fantástica fotografia.
domingo, 16 de novembro de 2025
UM ROUBO EM GUIMARÃES - 16.11.1975
Faz hoje 50 anos. Até hoje permanece o mistério. Ninguém foi preso.
Transcrevo de https://www.guimaraesdigital.pt/index.php/informacao/cultura/42799-66090:
O audacioso assalto ao Museu de Alberto Sampaio registado a 16 de Novembro de 1975 continua a inquietar a memória dos vimaranenses. E se os culpados que foram julgados e condenados não chegaram a ser encarcerados e a pagar as indemnizações, os seus actos não foram esquecidos pelo crime hediondo de 'lesa-Pátria'. Foram roubadas peças e jóias de incalculável valor, num "golpe protagonizado por um casal que teve a colaboração de outro na fuga que empreenderam de automóvel".
O crime desse domingo de outono é descrito pelo jornal O Comércio de Guimarães, na sua edição de 22 de Novembro de 1975. "Na hora de encerramento o principal funcionário Fernando Cunha foi violentamente agredido e manietado, enquanto os assaltantes roubavam as peças e jóias valiosíssimas que constituíam grande riqueza do tesouro de Nossa Senhora da Oliveira".
"O golpe obedeceu a um plano devidamente estudado, com estratagemas e foi posto em prática a hora que os assaltantes julgaram a mais propícia, como realmente era. Foram roubados os seguintes valores: - Coroa de Nossa Senhora da Oliveira, de ouro e pedras preciosas, do século XVIII; peitoral em prata dourada e peças preciosas, também do século XVIII; meada de ouro puro, com 32 metros; do século XVIII; passador de prata, século XIV; rosário de ouro, também do século XIV, cordão de ouro também do século XVII; orilhão de ouro, século XVII; cruz de ouro (indiana) do século XVII; e outra peça de prata do século XIV".
Os autores do crime pertenciam a um comando do Movimento Democrático de Libertação de Portugal (MDLP), movimento de resistência à crescente influência do Partido Comunista Português e dos vários grupos de Extrema-Esquerda, criado após o 11 de Março de 1975 e extinto a seguir ao 25 de Novembro desse ano, em que a frágil democracia enfrentou o denominado «Verão quente».
O casal composto pelo ex-primeiro-tenente fuzileiro José Maria da Silva Horta, desertor das Forças Armadas após a falhada intentona do 11 de Março, e por Maria Alice da Silva Marques, antiga Secretária de um dirigente do chamado Partido do Progresso.
Houve quem qualificasse o assalto como um "crime de lesa-Pátria". Os autores nunca foram encarcerados. O ex-tenente Silva Horta desapareceu sem deixar rasto, embora tivessem circulado informações de que teria sido identificado no Brasil, e Maria Alice chegou a ser detida em Cascais, mas conseguiu fugir do Hospital Miguel Bombarda, onde estava internada sob prisão. Ambos foram julgados e condenados à revelia, em 1987, a 20 e 15 anos de prisão e ao pagamento de um milhão de contos.
As jóias nunca foram recuperadas, havendo versões de que teriam sido vendidas ao desbarato em diversos lugares. Oxalá, tal não tenha acontecido e que o tesouro continue algures intacto.
sexta-feira, 14 de novembro de 2025
BRASIL / BRASIS
Fui ontem à inauguração da exposição "COMPLEXO BRASIL". Vou ter de lá voltar, e certamente mais do que uma vez.
Uma exposição complexa, literalmente, e interessante. O que Eliane Brum diz (cf. infra) não é exatamente o que o Expresso diz que disse (v. aqui)... Lá terei de comprar o catálogo... Em todo o caso, este jogo do perdoa-me não faz muito o meu estilo.
De que mais gostei? Desta pintura de Djanira da Silva Rocha, deste Largo do Pelourinho, de 1955 [não encontrei referências a esta pintora; será erro na legenda?].
quinta-feira, 13 de novembro de 2025
STARDUST MEMORIES Nº 84: NOUTRO PAÍS
quarta-feira, 12 de novembro de 2025
DE LOURES PARA O PANTEÃO
A autora deste desenho chama-se Sara Cardoso. É um dos 19 exemplares que compõem o catálogo "Panteão, um olhar". Um edição do Panteão Nacional / Museus e Monumentos de Portugal que resultou da exposição desses trabalhos. Que foram um projeto do Clube de Línguas do Agrupamento de Escolas 4 de outubro, de Loures.
O catálogo contou com a inspiradíssima produção gráfica de Miguel Brás.