Foram cerca de 50 horas as que passámos na região de Lausanne. Horas fortes, junto dos nossos emigrantes, numa jornada marcada pela intensidade e pela emoção. Sentimos que era nosso dever fazer esta Câmara Aberta fora de portas. Houve uma visita a uma unidade agrícola, onde trabalham maioritariamente mourenses. Tivémos um encontro com o Prof. António da Cunha, que tem um papel importante na ligação com as entidades representativas dos emigrantes portugueses. Organizou-se um convívio inesquecível, marcado pelo calor e que se prolongou por cerca de sete horas. Esteve presente o Cônsul-Geral de Portugal em Genebra, num gesto de proximidade que foi muito apreciado. Na intervenção que fiz, a quente e sem me preocupar com o politicamente correto, recordei o muito que devemos a todos os que partiram. Sublinhei o muito que perdemos com a partida de todos eles. Nunca lhes poderemos pagar o esforço que fizeram e fazem, nem lhes consigo explicar o quanto nos emocionaram por continuarem a recordar o nosso concelho. O que nos disseram pessoalmente e o que escreveram nas redes sociais, a simpatia com que nos rodearam compensam sobejamente as muitas dificuldades da nossa tarefa.
Iremos criar um Gabinete do Emigrante, forma prática de ajudar todos os que estão fora do País. Tentamos traduzir em atos concretos o amor à nossa terra. A política é uma prática com consequências práticas. Esta é uma delas. Não é a única, nem será a última.
Devemos um especial agradecimento à Rádio Planície, nossa parceira nesta iniciativa, ao António Pica, decisivo para este sucesso, ao José Limpo, ao Jorge Felisberto Lopes, ao Joaquim Moita, ao Francisco Manito, ao Joaquim Elias, ao Isaurindo Sempão, ao generoso Nelson Caro, ao José Raul, à Maria Catarina Pica e a todos aqueles que por lá passaram, sendo que alguns fizeram centenas de quilómetros para estarem neste encontro.
Sem comentários:
Enviar um comentário