O tema museus desperta sempre grande interesse num certo setor da minha terra. Gosto que as pessoas se interessem por estes temas. Em especial, porque neles trabalhei em tempos.
Vem isto a propósito de um projeto que foi anunciado em 1.9.2015. Refiro-me ao Museu d'Amareleja. Escrevi na altura: "Um museu faz sentido na Amareleja? Faz, claro. Ainda para mais assumindo-se como museu do território ou de afirmação identitária" (v. texto completo aqui). A ideia continua a ser pertinente e a fazer todo o sentido. No entanto, quase 17 meses volvidos, o projeto parece ter caído no esquecimento. Ou não?
Tal como em tempos fiz notar, é essencial ter em conta:
* Designação de curador ou comissário científico;
* Local da exposição (permanente e/ou temporária?);
* Guião da exposição, com definição de conteúdos programáticos e de áreas temáticas;
* Equipas técnicas de apoio (museografia, design gráfico, montagem, iluminação etc.);
Há local?
Há planta do local?
Há guião?
Há orçamento?
Há responsável técnico?
Um museu não pode ser uma-coisa-qualquer. Ou uma sala com meia dúzia de objetos, que um museu não é isso! O nosso concelho merece mais que uma sala qualquer a fingir de museu.
Há dias seguiu oferta para, a título gracioso, orientar este projeto. Bem sei que ninguém é profeta na sua terra, mas...
O autor do blogue, com o inesquecível Luís Campos, durante a montagem, em Rabat, da exposição Marrocos-Portugal: portas do Mediterrâneo (novembro de 1999...). Comissariado partilhado com Maria da Conceição Amaral e com Cláudio Torres.
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