domingo, 9 de junho de 2019

REENCONTRANDO O PROF. CARLOS CHAGAS

Já não o via, de perto, há bem mais de 30 anos. A última vez fora num elevador do Ministério da Educação. Muito mais velho que nesta imagem e muito longe do jovem professor garboso da Escola Preparatória. Mas não tive dúvidas, quando me aproximei. Abordei-o, sem grande hesitação, "boa tarde! o senhor é o professor Carlos Chagas, não é?". Olhou-me nos olhos, fixando-se depois no meu cabelo branco. Confirmou que era. Expliquei-lhe que tinha sido aluno dele, em Educação Física, em 1973/74 e 1974/75, em Massamá. Rematei dizendo, "fui, de certeza, um dos seus piores alunos, mas queria agradecer-lhe as aulas que me deu". De facto, nas nulas condições de então, o Prof. Carlos Chagas esforçava-se por nos dar ensinamentos, por nos incutir disciplina e por nos fazer avançar. Nunca me interessei pela Educação Física, mas o agradecimento desta tarde foi sentido e sincero. Ficámos breves minutos à conversa. Sabia do percurso dele no sindicalismo (foi responsável pelo SINDEP) e nas autarquias (eleito na Amadora e em Queluz pelo PSD), mas não o tinha voltado a encontrar. Nem ele se lembraria de mim, por certo. No final, estendi-lhe a mão. Puxou-me e deu um abraço apertado. Pela minha parte, fiquei feliz e com a sensação de ter ganho o dia. Acho que o prof. Carlos Chagas também ficou contente por aquela abordagem.

Foi ontem à tarde. Só muito depois de nos termos despedido é que me lembrei que não lhe tinha dito o meu nome. Mas isso foi a parte menos importante. Para os dois.

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