Canto dos Espíritos sobre as ÁguasA alma do homem
É como a água:
Do céu vem,
Ao céu sobe,
E de novo tem
Que descer à terra,
Em mudança eterna.
Corre do alto
Rochedo a pino
O veio puro,
Então em belo
Pó de ondas de névoa
Desce à rocha liza,
E acolhido de manso
Vai, tudo velando,
Em baixo murmúrio,
Lá para as profundas.
Erguem-se penhascos
De encontro à queda,
— Vai, 'spúmando em raiva,
Degrau em degrau
Para o abismo.
No leito baixo
Desliza ao longo do vale relvado,
E no lago manso
Pascem seu rosto
Os astros todos.
Vento é da vaga
O belo amante;
Vento mistura do fundo ao cimo
Ondas 'spumantes.
Alma do Homem,
És bem como a água!
Destino do homem,
És bem como o vento!
Johann Wolfgang von Goethe (tradução de Paulo Quintela)
É como a água:
Do céu vem,
Ao céu sobe,
E de novo tem
Que descer à terra,
Em mudança eterna.
Corre do alto
Rochedo a pino
O veio puro,
Então em belo
Pó de ondas de névoa
Desce à rocha liza,
E acolhido de manso
Vai, tudo velando,
Em baixo murmúrio,
Lá para as profundas.
Erguem-se penhascos
De encontro à queda,
— Vai, 'spúmando em raiva,
Degrau em degrau
Para o abismo.
No leito baixo
Desliza ao longo do vale relvado,
E no lago manso
Pascem seu rosto
Os astros todos.
Vento é da vaga
O belo amante;
Vento mistura do fundo ao cimo
Ondas 'spumantes.
Alma do Homem,
És bem como a água!
Destino do homem,
És bem como o vento!
Johann Wolfgang von Goethe (tradução de Paulo Quintela)
Fotografia de Yasuhiro Ishimoto
A água depois da água e a seguir ao aniversário da "Água Castello". Um dos recursos de Moura feito poema. Duas vezes.
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