DIAS DE REGRESSO
Fora da aldeia, longe da aldeia e longe do
mundo, fica o Convento da Tomina, num sítio onde a Fé casou com o isolamento. O
convento foi erigido entre brenhas e penhascos – em sítio áspero e fragoso, diz um texto antigo -, longe de tudo e fora
do mundo. Não deixa de impressionar a tenacidade dos que levaram a cabo tal
empresa e habitaram o convento durante alguns séculos. A Tomina é hoje uma
quase miragem. Mas é a Senhora da Tomina que dá o nome à principal festa
religiosa da aldeia.
Nestes dias que agora vamos viver, a quietude é quebrada e revive uma Santo
Aleixo antiga e telúrica. Terra antiga, orgulhosa e independente, a aldeia vive dentro e fora de portas. Há
muitos expatriados (margem sul do Tejo, Suiça, Deus sabe onde estão todos os
que não tiveram condições para ficar...) e por isso a Festa é organizada tanto
pelos que estão em Santo Aleixo, como pelos que vivem fora. Uma forma destes
regressarem mais vezes ao sítio onde nasceram e que nunca esquecerão.
Nestes dias de
paz e de reecontro, Santo Aleixo vive com mais intensidade o presente e o
passado. Mas a aldeia precisa, nos tempos que tem pela frente, de mais que
recordações. Para garantir o futuro e se manter assim, eterna, firme, garbosa e
bonita. Essa é uma preocupação de todos nós, mesmo em dias de festa.
A Câmara
Municipal de Moura saúda as Festas da Tomina e felicita a Comissão pelo
empenho, dinâmica e entusiasmo que, no seguimento da tradição, pôs nas
celebrações deste ano. Aí estaremos entre a manhã de dia 26 e a madrugada de
dia 31. Porque a Festa é dos santo-aleixenses e de todos.
Santiago Augusto Ferreira Macias
Presidente da Câmara Municipal de Moura
Santo Aleixo da
Restauração, 6 de agosto de 2016
Texto para o livro das Festas de Santo Aleixo (começam amanhã). Fotografia de Zambrano Gomes.
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