quarta-feira, 23 de agosto de 2017

AS HORAS PELA ALAMEDA

As horas pela alameda

As horas pela alameda
Arrastam vestes de seda,

Vestes de seda sonhada
Pela alameda alongada

Sob o azular do luar...
E ouve-se no ar a expirar —


A expirar mas nunca expira —
Uma flauta que delira,

Que é mais a idéia de ouvi-la
Que ouvi-la quase tranqüila

Pelo ar a ondear e a ir... 
Silêncio a tremeluzir...


Dias de pausa incomum aqui no blogue. Talvez este universo particular retome o seu ritmo, num dos próximos dias... Agora, entre festas religiosas e campanha eleitoral, é Fernando Pessoa que me dá a mão, que "as horas pela alameda / arrastam vestes de seda"...

Sem comentários: