quarta-feira, 16 de agosto de 2017

BOLETIM MUNICIPAL: MANDATO AUTÁRQUICO EM BALANÇO

A meio do mandato fez-se um balanço preliminar, surge agora outro. São 64 páginas onde se dá conta do que foram estes anos, da continuidade que houve e do trabalho que se projeta para o futuro. Muitas coisas tiveram de ficar de fora. Em todo o caso, este número especial do Boletim Municipal espelha bem quatro anos intensos. No final do próximo ano editarei outro balanço, esse estritamente pessoal.

Agosto de 2017

Aqui fica o editorial que tive o prazer de redigir:

Construímos o futuro

O tempo passa depressa e o mandato autárquico está quase cumprido. Foram anos intensos e marcados, como sempre acontece na vida, por dificuldades. Foram também tempos de muita atividade e de resultados de que nos podemos orgulhar.
Importa tanto recordar o tempo que passou, como lançar pontes para o futuro. Os dias que virão alicerçam-se nos que já passaram.
Houve muitas obras? Houve e não é possível, porque o espaço nos falta, enumerá-las neste editorial. Consideramos que a criação, renovação e manutenção de infraestruturas é um dos tópicos essenciais para a manutenção das nossas terras. Daí que tenhamos investido em obras nas escolas, na criação de parques urbanos, na reabilitação de espaços desportivos, em obras de saneamento, no reequipamento do parque de máquinas municipal, na aposta continuada na recuperação e uso do nosso património. Os programas de apoio à habitação contribuíram, de forma discreta, para a melhoria da qualidade de vida de pessoas sem recursos. Não há ação social sem esse domínio básico estar resolvido. É um apoio, que soma, entre obras concretizadas e lançadas, cerca de 800.000 euros.
Prémios nacionais – do Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana e da Associação Portuguesa de Museologia – e regionais – da Entidade Regional de Turismo e da revista “Mais Alentejo” – vieram dar visibilidade ao nosso concelho. A esse reconhecimento externo correspondeu outro, a nível interno? Acreditamos sinceramente que sim.
As iniciativas políticas que se desenvolveram, em torno da Saúde, da Agricultura, do Emprego, da Educação, reforçaram a nossa identidade e aumentaram a nossa capacidade de intervenção. O concelho captou investimentos e foi o terceiro que, a nível nacional, mais aumentou as exportações. Pusemos em marcha o Centro de Acolhimento a Microempresas de Moura, permitindo a instalação de empresas no local. Ao mesmo tempo, mantivemos uma rigorosa defesa dos nossos princípios. Cabe aí destaque para o acompanhamento e apoio à luta dos rendeiros dos Machados. Bem como para a posição crítica que sempre tivemos quanto às limitações ao desenvolvimento na agricultura do concelho, bem expressas na Rede Natura 2000.
Houve um trabalho de reforço da proximidade aos cidadãos. A valorização do nosso potencial (através do Mouralumni), a participação dos jovens na atividade política (com o programa “Um dia na presidência”), a organização de uma dezena de “Câmaras Abertas”, a realização de reuniões da câmara municipal fora de portas tornou a ação política mais presente no quotidiano do concelho.
As bolsas de estudo, o apoio à Educação, a aposta na nossa realidade cultural (bem traduzida nas feiras, no Festival do Peixe do Rio e do Pão, no apoio às realizações culturais que têm lugar em todo o concelho) foram e serão imagens de marca da nossa forma de atuar. Ludoteca, Museu e Biblioteca foram pilares decisivos nessa atuação.
O orgulho naquilo que somos afirmou-se de várias formas, com energia e com entusiasmo, no apoio fundamental ao movimento associativo e na presença junto dos naturais do concelho que estão longe (as deslocações à Suíça e a Lisboa foram momentos fortes neste mandato). As festividades pagãs e religiosas que são marca decisiva da nossa identidade tiveram a presença e o apoio constantes da Câmara Municipal.
Não estamos sós? Decerto que não. Incrementámos laços de amizade e de cooperação com outras câmaras, convidando autarcas do distrito a visitarem-nos. Estendemos esses laços para lá das fronteiras, mantendo relacionamento de proximidade com colegas de Espanha, da Guiné-Bissau, de Cabo Verde e de S. Tomé e Príncipe.
Que fazer e como perspetivar o futuro? A Câmara Municipal de Moura continua a ter projetos em carteira e a avançar. Com todas as dificuldades e com todas as limitações, prepara-se o lançamento de intervenções que totalizam mais de 6.000.000 €. Não se trata de intenções, ideias ou simples projetos, mas de obras que irão avançar. Onde e como? Na recuperação do Bairro do Carmo (500.000€) na construção da 1.ª fase do Cemitério Municipal (1.500.000€), na reabilitação do antigo grémio da lavoura para Centro Documental da Oliveira (2.770.000€), na recuperação das muralhas modernas (380.000€), na construção do terminal rodoviário (500.000€), na recuperação e adaptação da Torre do Relógio, em Amareleja (500.000€).
A aposta na concretização de projetos e na sua preparação deu frutos. Estamos, e queremos continuar a estar, na linha da frente. Há mais projetos? Há, muitos mais. Assim os financiamentos comunitários e o cumprimento da Lei das Finanças Locais permitam a sua concretização. O nosso concelho merece isso. Nós tivemos e teremos essa capacidade. As necessidades e as exigências são constantes e o desafio permanente é a sua superação. Para isso contámos, e contaremos, com os nossos munícipes. E, numa primeiríssima linha, com os trabalhadores da Câmara Municipal de Moura.
Estamos, e estaremos sempre, a construir o futuro.

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