A meio do mandato fez-se um balanço preliminar, surge agora outro. São 64 páginas onde se dá conta do que foram estes anos, da continuidade que houve e do trabalho que se projeta para o futuro. Muitas coisas tiveram de ficar de fora. Em todo o caso, este número especial do Boletim Municipal espelha bem quatro anos intensos. No final do próximo ano editarei outro balanço, esse estritamente pessoal.
Agosto de 2017
Aqui fica o editorial que tive o prazer de redigir:
Construímos o futuro
O tempo passa depressa e
o mandato autárquico está quase cumprido. Foram anos intensos e marcados, como
sempre acontece na vida, por dificuldades. Foram também tempos de muita
atividade e de resultados de que nos podemos orgulhar.
Importa tanto recordar o
tempo que passou, como lançar pontes para o futuro. Os dias que virão
alicerçam-se nos que já passaram.
Houve muitas obras? Houve
e não é possível, porque o espaço nos falta, enumerá-las neste editorial.
Consideramos que a criação, renovação e manutenção de infraestruturas é um dos
tópicos essenciais para a manutenção das nossas terras. Daí que tenhamos
investido em obras nas escolas, na criação de parques urbanos, na reabilitação
de espaços desportivos, em obras de saneamento, no reequipamento do parque de
máquinas municipal, na aposta continuada na recuperação e uso do nosso
património. Os programas de apoio à habitação contribuíram, de forma discreta,
para a melhoria da qualidade de vida de pessoas sem recursos. Não há ação
social sem esse domínio básico estar resolvido. É um apoio, que soma, entre
obras concretizadas e lançadas, cerca de 800.000 euros.
Prémios nacionais – do Instituto da Habitação e da Reabilitação
Urbana e da Associação Portuguesa de Museologia – e regionais – da Entidade
Regional de Turismo e da revista “Mais Alentejo” – vieram dar visibilidade ao
nosso concelho. A esse reconhecimento externo correspondeu outro, a nível
interno? Acreditamos sinceramente que sim.
As
iniciativas políticas que se desenvolveram, em torno da Saúde, da Agricultura,
do Emprego, da Educação, reforçaram a nossa identidade e aumentaram a nossa
capacidade de intervenção. O concelho captou investimentos e foi o terceiro
que, a nível nacional, mais aumentou as exportações. Pusemos em marcha o Centro
de Acolhimento a Microempresas de Moura, permitindo a instalação de empresas no
local. Ao mesmo tempo, mantivemos uma rigorosa defesa dos nossos princípios.
Cabe aí destaque para o acompanhamento e apoio à luta dos rendeiros dos
Machados. Bem como para a posição crítica que sempre tivemos quanto às
limitações ao desenvolvimento na agricultura do concelho, bem expressas na Rede
Natura 2000.
Houve
um trabalho de reforço da proximidade aos cidadãos. A valorização do nosso
potencial (através do Mouralumni), a participação dos jovens na atividade
política (com o programa “Um dia na presidência”), a organização de uma dezena
de “Câmaras Abertas”, a realização de reuniões da câmara municipal fora de
portas tornou a ação política mais presente no quotidiano do concelho.
As
bolsas de estudo, o apoio à Educação, a aposta na nossa realidade cultural (bem
traduzida nas feiras, no Festival do Peixe do Rio e do Pão, no apoio às
realizações culturais que têm lugar em todo o concelho) foram e serão imagens
de marca da nossa forma de atuar. Ludoteca, Museu e Biblioteca foram pilares
decisivos nessa atuação.
O
orgulho naquilo que somos afirmou-se de várias formas, com energia e com
entusiasmo, no apoio fundamental ao movimento associativo e na presença junto
dos naturais do concelho que estão longe (as deslocações à Suíça e a Lisboa
foram momentos fortes neste mandato). As festividades pagãs e religiosas que
são marca decisiva da nossa identidade tiveram a presença e o apoio constantes
da Câmara Municipal.
Não
estamos sós? Decerto que não. Incrementámos laços de amizade e de cooperação
com outras câmaras, convidando autarcas do distrito a visitarem-nos. Estendemos
esses laços para lá das fronteiras, mantendo relacionamento de proximidade com
colegas de Espanha, da Guiné-Bissau, de Cabo Verde e de S. Tomé e Príncipe.
Que
fazer e como perspetivar o futuro? A Câmara Municipal de
Moura continua a ter projetos em carteira e a avançar. Com todas as
dificuldades e com todas as limitações, prepara-se o lançamento de intervenções
que totalizam mais de 6.000.000 €. Não se trata de intenções, ideias ou simples
projetos, mas de obras que irão avançar. Onde e como? Na recuperação do Bairro
do Carmo (500.000€) na construção da 1.ª fase do Cemitério Municipal (1.500.000€),
na reabilitação do antigo grémio da lavoura para Centro Documental da Oliveira
(2.770.000€), na recuperação das muralhas modernas (380.000€), na construção do
terminal rodoviário (500.000€), na recuperação e adaptação da Torre do Relógio,
em Amareleja (500.000€).
A aposta na concretização
de projetos e na sua preparação deu frutos. Estamos, e queremos continuar a
estar, na linha da frente. Há mais projetos? Há, muitos mais. Assim os
financiamentos comunitários e o cumprimento da Lei das Finanças Locais permitam
a sua concretização. O nosso concelho merece isso. Nós tivemos e teremos essa capacidade. As necessidades e as exigências
são constantes e o desafio permanente é a sua superação. Para isso contámos, e
contaremos, com os nossos munícipes. E, numa primeiríssima linha, com os
trabalhadores da Câmara Municipal de Moura.
Estamos,
e estaremos sempre, a construir o futuro.
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