segunda-feira, 25 de novembro de 2024

PARA O RUI PINTO E PARA O JOSÉ PELICA

Caros Rui Pinto e José Pelica,

 

Isto é um pouco disparatado, mas associo a vossa carreira profissional à antiga cantiga da Escola Industrial. Uma das vossas provas escritas (seria de admissão na carreira, pergunto-me eu) teve lugar ali. Isso terá sido em 1987, era presidente da câmara Lamas de Oliveira, eu estava de vigilante e todos nós éramos muito novos e nunca iriamos ser velhos nem reformados. É o que se acha quando se é muito novo.

 

Tive a sorte de ser vosso colega durante quatro anos. Foram anos em que trabalhámos de perto. E foram anos bons. O tempo parecia então que não passava. Estes dias, que agora se vivem, pareciam impossíveis, de tão longínquos. E, no entanto, eles chegaram. O Rui e o Pelica acompanharam, de perto, a construção do Portugal Democrático e as positivas transformações que o País sofreu, graças ao Poder Local. Vocês foram atores nessa transformação.

 

O Município fica sem dois funcionários que foram e são marcantes. Pela ética, pelo empenho, pela capacidade de entrega, por trabalharem sem truques nem candongas, por serem generosos, por terem estado ao serviço do nosso concelho, por terem ajudado as nossas associações.

 

Como vocês sabem – trabalharam com sete presidentes de câmara – os homens passam, as instituições ficam. Decisivo mesmo são as memórias que se deixam. E nisso, ninguém vos bate.


(texto lido ontem, na festa de homenagem)

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