Vanitas vanitatum et omnia vanitas. Vaidade das vaidades, tudo é vaidade. A alocução é conhecida e está na Bíblia. Mais precisamente no Ecclesiastes, um dos livros (sécs. V-II a.C.) do Antigo Testamento.
A frase sublinha a rapidez da passagem do tempo, a vacuidade das coisas, a brevidade do sonho que a vida terrena é.
Lembrei-me disto, quando há pessoas que usam muito a palavra vaidade e ao encontrar uma arruinada placa no Paço de Barcelos. O sr. Fonseca mencionado no texto era, decerto, uma pessoa muito importante. O dr. Alfredo Magalhães é, provavelmente, José Alfredo Mendes de Magalhães (1870-1957), homem muito importante no norte e que, hoje, só os que estudam o republicanismo identificarão.
A vaidade é achar que se é terrivelmente importante. Pobreza de espírito é estar sempre a apontar vaidades alheias sem se ter um espelho à frente. A quem isto possa interessar, ou dizer respeito, dedico o poema de Alfred Tennyson (1809-1892)... All things must dye.
Clearly the blue river chimes in its flowing
Under my eye;
Warmly and broadly the south winds are blowing
Over the sky.
One after another the white clouds are fleeting;
Every heart this May morning in joyance is beating
Full merrily;
Yet all things must die.
The stream will cease to flow;
The wind will cease to blow;
The clouds will cease to fleet;
The heart will cease to beat;
For all things must die.
All things must die.
Spring will come never more.
O, vanity!
Death waits at the door.
See! our friends are all forsaking
The wine and the merrymaking.
We are call'd—we must go.
Laid low, very low,
In the dark we must lie.
The merry glees are still;
The voice of the bird
Shall no more be heard,
Nor the wind on the hill.
O, misery!
Hark! death is calling
While I speak to ye,
The jaw is falling,
The red cheek paling,
The strong limbs failing;
Ice with the warm blood mixing;
The eyeballs fixing.
Nine times goes the passing bell:
Ye merry souls, farewell.
The old earth
Had a birth,
As all men know,
Long ago.
And the old earth must die.
So let the warm winds range,
And the blue wave beat the shore;
For even and morn
Ye will never see
Thro' eternity.
All things were born.
Ye will come never more,
For all things must die.
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