No dia 31 de dezembro de 1989 terminou o transporte ferroviário de passageiros para Moura.
Nos últimos tempos, a frequência de automotoras diminuira e o número de passageiros caira. O número de carros particulares tinha subido muito e em vez de duas horas e meia de trajeto, ida e volta, gastava-se menos uma hora. As automotoras eram, em segunda classe, desconfortáveis (toda a gente se lembra dos célebres bancos em sumapau) e cheirava a gasóleo dentro da carruagem. O Governo, a CP, o Estado, estavam-se/estão-se marimbando para estas longínquas paragens. O desinvestimento foi evidente, a qualidade do serviço era uma desgraça e a linha fechou.
O edifício em si teve, depois, uma longa história, que terminou com a sua cedência à autarquia. Mas isso será tema para outra conversa, um destes dias.
Do ponto de vista pessoal, e defensor que sou dos transportes públicos, continuei a usar o comboio. Ainda este mês, numa só semana, fui a Braga uma vez e outra ao Porto. Para Moura é que não deverei voltar a fazer o trajeto dessa forma.
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