Uma avalanche, a toda a hora, em toda a comunicação social: há sempre alguém a descobrir a melhor qualquercoisadomundo: a melhor praia / a melhor bica / o melhor pão / o melhor pastel de nata / o melhor queijo / a melhor imperial. Bora lá a descobrir onde é q melhor paisagem, a melhor praia, a melhor cascata, a melhor sombra, o melhor trail, o melhor por do sol, a melhor montanha. Um pesadelo de coisas melhores.
Quando, há semanas, fui de férias fui inquirido no regresso "foste ao sítio tal? e ao bar tal?". E eu não, nem um nem outro. Não tenho pachorra para picar sítios e tenho pouco instinto gregário. Nunca fui à melhor qualquercoisadomundo. Não sou menos feliz por isso. Paciência é coisa que nunca tive assim em grande quantidade.
1 comentário:
Caro Santiago
Começo por desejar (sem ironia...) que "o melhor" dos teus anos seja o próximo - e neste caso não tens maneira de te escapares a ir a esse "sítio"...
Pegando no tema deste post, creio que todos os que andam nisso de "o melhor" e "o maior" de tudo-e-mais-qualquer-coisa deviam ler um pequeno
texto (conto) de Thomas Mann, chamado Desilusão; talvez se curassem
ou, pelo menos, moderassem essa tentativa de bater recordes. Abraço. MB
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