Agora que inicio a escrita de um livrinho sobre uma esquecida cidade tropical é o momento de regressar a um livro já com uns anos. Port-Soudan, de Olivier Rolin, não é um clássico livro de viagens. Mas as situações descritas e as evocações que surgem são difíceis de aceitar noutros ambientes. Ou não? Ao ler "J'échouai à Port-Soudan, où une succession de hasards me fit d'abord remplir l'office de harbour master. Lorsque le port eut pour ainsi dire disparu, comme englouti dnas le naufrage générale du pays, je cumulai ces fonctions désormais symboliques - et que d'ailleurs me déniaient des bandes de pittoresques assassins, promptes à razzier les batteaux que le hasard ou l'inattention jetaient dans la passe - avec celles, guère plus encombrantes, de consul honoraire de la République malgaxe".
O ambiente pesado e cinzento da minha cidade, o seu porto decrépito, a presença de figuras sinistras arrancadas a tempos idos fizeram-me sentir muito perto de Port-Soudan. As latitudes não se afastam demasiado: 19º a norte para Porto Sudão, 11º a norte para a minha cidade.
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