Pavilhão das Cancelinhas - simulação
PAVILHÃO DAS CANCELINHAS (AMARELEJA)
O início da obra de reabilitação
da antiga escola primária das Cancelinhas, na Amareleja, tem sido pretexto para
um ataque continuado à Câmara Municipal e, em especial, ao atual presidente, que foi, desde 2008, um dos
principais protagonistas neste processo. Tal ataque, feito, como convém a
alguns, com um misto de falsidades e meias-verdades, é vantajoso para quem de
trabalho de fundo e com perspetivas de futuro pouco tem a apresentar.
Vejamos, em 10 pontos, a realidade deste projeto:
1. O projeto do
pavilhão é uma imposição da Câmara de Moura. FALSO. O projeto foi desenvolvido pela Junta de Freguesia de
Amareleja, a partir de 2008, com o apoio camarário. Quando o atual presidente
da junta entrou em funções o projeto já estava concluído.
2. Este projeto
foi um prejuízo para a Junta de Freguesia. FALSO.
O projeto foi integralmente pago pela Câmara Municipal. O montante ronda os
60.000 euros.
3. A obra avançou
para não se perderem fundos comunitários. FALSO.
A obra só foi lançada a concurso em 2013, por expirar nesse ano um protocolo de
cedência das instalações à junta, e uma vez que o espaço das Cancelinhas é
propriedade camarária. Obviamente, enquanto a Junta ocupou o espaço, e ante a
oposição do atual presidente da junta não havia condições para se avançar.
Gostava de saber qual foi a fonte autorizada que produziu tal afirmação ou onde
é que algumas mentes pouco iluminadas foram buscar a ideia de uma obra que tem
de avançar à pressa por causa de dinheiros comunitários...
4. A obra está a
ser integralmente paga pela Câmara Municipal. VERDADEIRO. Duas ideias a este respeito: primeiro, este
investimento (750.000 euros só para a fase em construção) prova que não há
qualquer discriminação em relação à Amareleja; segundo, a candidatura para
financiamento que apresentámos permitirá um apoio importante, em caso de
aprovação. Mas a obra será concluída em 2015, com dinheiros comunitários ou sem
eles.
5. O espaço é
pequeno para a Feira do Vinho. VERDADEIRO
e FALSO. Para a feira em si, o
espaço é suficiente. O que tem acontecido é a transformação de cerca de 1/3 da
tenda em sala de espetáculos, durante os dias da feira. O futuro modelo de
funcionamento passará pelo uso da sala principal como local de exposições e
pela criação de um espaço temporário para animação musical.
6. O pavilhão é um
caixote e um mamarracho. FALSO, na
minha opinião. O arquiteto Vitor Mestre é um nome de grande prestígio na
arquitetura portuguesa, com intervenções de elevada qualidade. Poder ccontar
com a colaboração dele neste projeto na Amareleja é, para todos nós e em
especial, para a nossa vila, uma oportunidade única. Quando a obra estiver
concluída, poderemos constatar isso mesmo.
7. O edifício não
permite a prática desportiva com público. VERDADEIRO.
Uma coisa é um pavilhão como este, que permite uma multiplicidade de usos.
Outra, bem diferente, é a construção de um gimnodesportivo com bancadas. A
“simplicidade” do multiusos custa 750.000 euros. Um gimnodesportivo, com as
exigências da atual legislação, ficaria acima de 2 milhões de euros. E para
esse investimento não temos capacidade.
8. Aquele projeto
poderia ter sido transferido para a Fábrica. FALSO. Do ponto de vista técnico, o projeto foi desenhado para
aquele local. A sua “transferência” para outro local implicaria um novo
projeto. E mais dispêndio de dinheiro.
9. Na Fábrica
caberia o multiusos e muito mais. VERDADEIRO.
Conheço muito bem o processo da Fábrica. Fui eu quem negociou, com o então
Diretor-Geral do Património do Estado, Durães da Conceição, a aquisição do
edifício. A Fábrica está apta para receber vários equipamentos. É só uma
questão de capacidade financeira. E é só fazer contas. Estimando-se em 800/900
euros o metro quadrado de construção, basta uma simples máquina de calcular
para nos dar os números. Um pavilhão com 750 m2? 750.000 euros. Um
gimnodesportivo com 65x40 m. de área coberta? Acima de 2 milhões de euros. Um
museu etnográfico, com 600 m2? Um pouco acima de 500.000 euros, sem considerar
a montagem da exposição propriamente dita. Mandar umas bocas numa roda de
amigos é fácil. Concretizar obras é bem mais difícil…
10. O pavilhão é
uma inutilidade e uma afronta para a Amareleja. Obviamente FALSO. O pavilhão terá uso continuado ao longo do ano. Servirá para
Feira do Vinho, para apoio à prática desportiva do Grupo Desportivo
Amarelejense, para a Comissão de Festas e para todo o tipo de eventos que se
queiram organizar. Não é afronta ou desafio a ninguém e representa um dos
maiores investimentos em curso no concelho.
Ao contrário do que
alguns possam pensar, não considero o avanço desta obra uma vitória sobre a
Junta da Amareleja ou sobre o seu presidente. Não é assim que vejo as coisas. O
pavilhão não é uma derrota para ninguém. Estou feliz por, na qualidade de
autarca e de descendente de amarelejenses, ter podido dar o meu empenhado
contributo a este processo. Considero-o uma mais valia para a Amareleja e para
o concelho no seu todo. O tempo, disso estou certo, me dará razão.
Texto publicado hoje, em "A Planície".
2 comentários:
Senhor presidente boa tarde
Diga me só uma coisa ...
Uma vez que quer servir o bem da população da Amareleja , porque não quis o senhor ouvir a opinião dos Amarelejenses quanto a localização do pavilhão multiusos ?
MV
Caro MV, boa tarde
Hoje de manhã estiveram no meu gabinete dois amarelejenses que queriam saber quando é que o pavilhão estaria pronto a ser utilizado. Esse interesse deixa-me contente.
Quem escolheu a localização do pavilhão foi a Junta de Freguesia, em 2008. Não podemos é alterar projetos cada vez que mudam os protagonistas. As razões estão explicadas no meu texto.
Fazer plebiscitos a propósito de tudo e de nada não está no meu estilo de trabalho. Recordo que em 2006/2007 havia quem contestasse o local da central fotovoltaica e também quisesse uma consulta à população...
Cumprimentos
SM
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